Fuga de cérebros custa 8,8 mil milhões aos cofres do Estado
Estudo científico calculou impacto da fuga de cérebros ao longo dos últimos anos. Além do prejuízo para Portugal, a saída de trabalhadores ajuda ao crescimento de países estrangeiros.
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Economia Emigrantes
Ao longo dos últimos anos, Portugal perdeu milhares de jovens. As baixas perspetivas de emprego e de progressão na careira convenceram muitos portugueses qualificados a procurar o sucesso no estrangeiro, causando fortes prejuízos ao Estado.
De acordo com o estudo 'Exportar mão-de-obra qualificada a custo zero: quanto perde Portugal com a fuga de cérebros' em 2010 e 2011 vai custar pelo menos 8,8 mil milhões de euros aos cofres públicos ao longo dos próximos anos.
O valor foi calculado somando os custos de formação académica (uma média de 70 mil euros para os homens e 69 mil euros para mulheres, de acordo com a OCDE), os impostos não cobrados pelo Fisco e as contribuições que seriam feitas para a Segurança Social, esclarece o Diário Económico.
Os autores do estudo garantem que cerca de 43% dos emigrantes não pensam voltar durante os próximos dez anos, criando um "êxodo" que cria "um fenómeno de descapitalização intelectual e profissional do país". A situação é agravada pelo impacto positivo criado nos países que recebem os jovens portugueses.
"A fuga de cérebros significa que os países recetores irão beneficiar de capital humano altamente qualificado a custo zero", conclui o estudo coordenado pelo investigador Rui Machado Gomes. Os dados serão analisados esta sexta-feira numa conferência internacional na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
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