De acordo com vários economistas contactados pelo Jornal de Notícias/Dinheiro Vivo, a venda do Novo Banco deve ser adiada, tendo em conta os prejuízos que daí podem decorrer.
A venda feita à pressa, que fique abaixo dos 4,9 mil milhões injetados pelo Fundo de Resolução, pode trazer perdas na ordem das centenas de milhões de euros, existindo até quem defenda um alargamento do prazo para venda.
“O ideal seria haver um alargamento do prazo” que permitiria “esclarecer e resolver todas as situações” que afetam o Novo Banco para que, mais tarde, se conseguisse um valor mais alto do que o que agora está em cima da mesa.
A opinião é de João Duque, professor do ISEG, que acrescenta que este adiamento deveria ser de “quatro/cinco anos”, o tempo necessário para que a instituição começasse a dar lucros.
Eugénio Rosa, economista, partilha da mesma opinião e defende que a venda à pressa e a qualquer preço “é sempre motivo de desconfiança”.
Recorde-se que um estudo da Société Genérale indicou que a venda do Novo Banco por dois mil milhões significaria perdas na ordem dos 850 milhões para a Caixa Geral de Depósitos, 580 milhões para o Millennium BCP ou 300 milhões para o BPI.