O caminho da austeridade, que tem sido utilizado como estratégia para estancar a crise de dívida da zona euro, que teima em não passar, pode ter os dias contados caso venha aí uma nova ‘fornada’ de maus dados relativos à evolução do PIB da zona euro, que serão divulgados esta semana, antecipa o economista chefe da High Frequency Economics, Carl Weinberg.
O especialista prevê mesmo que em 2013 vamos assistir ao fim de vários programas de redução do défice e da dívida pública em vários países, com os políticos a ganharem maior consciência dos efeitos da austeridade na economia, face ao tímido crescimento económico e à escalada do desemprego.
“Receamos que as dificuldades económicas possam tornar impossível para a Itália, Espanha e talvez mesmo para a Grécia manterem a austeridade orçamental”, escreveu o economista-chefe numa nota de análise citada pela CNBC.
Os dados relativos à evolução do PIB da zona euro no quarto trimestre do ano passado serão divulgados na quinta-feira e todas as previsões apontam para uma nova contracção. O Barclays, por exemplo, antecipa uma queda de 0,4% do PIB da zona euro, nos últimos três meses de 2012, em comparação com o trimestre anterior, quando a economia da região registou uma queda de 0,1%.
A High Frequency Economics tem uma previsão mais negativa, antecipando um recuo de 0,9% do PIB no último trimestre de 2012. Já o Credit Suisse espera uma queda de 0,5% da economia da zona euro nos últimos três meses do ano passado.