Tanto o Governo como o Banco de Portugal desejam resolver o quanto antes a venda do Novo Banco. Numa altura em que ainda falta conhecer o resultado das negociações com a Fosun, começa a pairar a hipótese de negócio não ser feito a tempo das eleições.
Embora o processo esteja a cargo do regulador, a verdade é que o Banco de Portugal não está sozinho com a pasta que diz respeito à venda do banco.
“Bastaria uma justificação política a Bruxelas para que o mandato do Banco de Portugal para a Venda do novo Banco fosse alterado”, revela ao Dinheiro Vivo um dos especialistas contactados.
Na prática, isto significa que, à medida que o processo de venda se prolongue, aumentam também as hipóteses de o negócio de venda não estar concluído a tempo das eleições do próximo dia 4 de outubro. A confirmar-se, bastaria a simples oposição do futuro executivo para travar o negócio.
Como ontem salientava o Diário Económico, caso negociações com a chinesa Fosun falhem, haverá nova semana, agora de negociações com a norte-americana Apollo. Até lá, o regulador terá de fazer a sua escolha: ou vende já, ou processo é adiado.