Fosun é "um susto" no negócio de venda do Novo Banco
A porta-voz do BE, Catarina Martins, declarou hoje que o potencial comprador chinês do Novo Banco, a chinesa Fosun, "é um susto", recordando o negócio do mesmo investidor asiático relativo à seguradora Fidelidade.
© Global Imagens
Economia Catarina Martins
"A Fosun é um susto porque comprou a Fidelidade com o dinheiro da própria Fidelidade. Deu mil milhões de euros e depois foi lá buscá-los para pagar o negócio que já tinha feito. Ter quem já fez este esquema com a Fidelidade a fazer o mesmo com o Novo Banco não é certamente bom para o país", afirmou a dirigente bloquista, à margem de uma ação de pré-campanha, em Lisboa.
Questionada sobre declarações do ministro da Economia, Pires de Lima, e com os alertas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental do parlamento sobre o risco de incumprimento da meta estabelecida para o défice (2,7%), Catarina Martins criticou a postura do executivo da maioria.
"O Governo não fez nada para evitar isto, nem no passado nem agora porque, depois de tudo o que aconteceu, recusou-se a alterar toda a legislação que prevenia perdas futuras", lamentou.
Segundo a porta-voz bloquista, "o ministro da Economia tem uma certa piada, às vezes, a falar. Pires de Lima afirmou que as coisas também têm de se fazer bem feitas", mostrando-se confiante "na capacidade do senhor governador [Carlos Costa] e no Banco de Portugal para conduzirem este processo de forma competente e diligente".
"Lembro que nos têm dito sempre que não há riscos para os contribuintes no Novo Banco, agora até o Governo já reconhece que há. Não sei onde o ministro anda com a cabeça. Talvez fosse bom que olhasse para o país, mas quem nunca teve essa capacidade, não é agora em final de mandato que a vai ter", afirmou a deputada do BE.
O ministro da Economia, António Pires de Lima, reiterou hoje a confiança do Governo no Banco de Portugal (BdP) e no seu governador, Carlos Costa, no âmbito do processo de negociação para a venda do Novo Banco.
"Creio que existe no Governo uma total confiança que o BdP saberá conduzir este processo com competência e é ao BdP que compete a decisão em matéria tão delicada. Nenhuma instituição, com a relevância para a economia que tem o Novo Banco ganha em viver em incerteza acionista durante muito tempo, isso afeta a gestão do banco", disse Pires de Lima.
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