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Montepio regista prejuízos de 28,9 milhões no primeiro semestre

O Montepio registou no primeiro semestre 28,9 milhões de euros, o que compara com um lucro de 6,2 milhões de euros em igual período de 2014, anunciou hoje o banco detido pela Associação Mutualista Montepio Geral.

Montepio regista prejuízos de 28,9 milhões no primeiro semestre
Notícias ao Minuto

20:50 - 31/08/15 por Lusa

Economia CMVM

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a instituição liderada por José Félix Morgado adianta que esta evolução reflete dois efeitos: "a melhoria de 157,6 milhões de euros dos resultados recorrentes" e a "redução em 192,7 milhões de euros nos resultados das operações financeiras, que atingiram 114,9 milhões de euros, devido ao menor contributo dos resultados da alienação de títulos de dívida pública portuguesa".

A Caixa Económica Montepio adianta que para a melhoria dos resultados recorrentes contribuiu o aumento de 1,4% da margem financeira comercial, que resultou do crescimento do crédito concedido às empresas (excluindo construção) e do 'repricing' ao nível dos recursos de clientes, tal como a política de contenção ao nível dos gastos operacionais da atividade doméstica (+0,7%).

"Este efeito compensou a redução do volume de negócios, decorrente da lenta recuperação da economia nacional ainda instável e que se reflete na redução de 3,8% do crédito líquido a clientes e de 4,9% das comissões líquidas", refere a instituição.

O ativo total líquido recuou 0,9% para 22.146,8 milhões de euros e o crédito a clientes líquido diminuiu 3,8% para 14.920,2 milhões de euros, "determinado pelo desempenho da atividade doméstica (-4,3%), já que a nível internacional se verificou um aumento de 22,3%", refere a instituição.

O comportamento da carteira de crédito a clientes nos primeiros seis meses do ano, explica o Montepio, "reflete a contração do crédito imobiliário (-8,5%) e o crescimento do crédito a empresas, excluindo construção (+ 4,7%)".

Relativamente à qualidade da carteira de crédito, o banco destaca uma melhoria de 0,45 pontos percentuais do rácio do crédito em risco para 13,37%.

"Não obstante essa evolução, é de referir que o crédito vencido a mais de 90 dias em função do crédito total se fixou em 7,47% em linha com o setor, quadro que reflete o prolongamento do contexto económico desfavorável da economia portuguesa ainda com reflexo na materialização do risco de crédito", adianta.

A cobertura do crédito vencido acima de 90 dias é de 118,7%.

A imparidade do crédito reduziu-se em 43% para 151,3 milhões de euros, sendo que no mercado doméstico a redução foi de 44,6%.

Sobre a atividade internacional, "as imparidades para crédito registadas pelo Finibanco Angola aumentaram 30,3%, atingindo 6,7 milhões de euros, enquanto no Banco Terra as imparidades para crédito fixaram-se em apenas 0,4 milhões de euros".

O Montepio sublinha ainda a evolução positiva do rácio de cobertura do crédito em risco, que passou de 56,5% para 66%.

"Considerando garantias hipotecárias associadas, esse rácio de cobertura situa-se em 130,7%", registando "uma evolução positiva" face a igual período de 2014.

No período, os custos operacionais cresceram 5%, "refletindo a subida dos mesmos nas operações internacionais, já que em Portugal essa evolução foi de apenas 0,7%".

O banco destaca a "melhoria do rácio 'Common Equity Tier 1' [fundos próprios principais de nível 1]" de 8,51% em dezembro do ano passado para 9,53% em junho, "2,53 pontos percentuais acima do mínimo regulamentar".

Salienta ainda o reforço do rácio de Capital Total de 8,67% em dezembro último para 10,62%, o que representa 2,62 pontos percentuais acima no mínimo exigido e uma "evolução dos indicadores de capital suportada pela redução dos ativos ponderados pelo risco (RWA) de 345 milhões de euros face a março de 2015 e 39,5 milhões de euros face a dezembro de 2014, e pelo reforço do capital em 200 milhões de euros" ocorridos no final do semestre.

Além do reforço da solvabilidade do Montepio, a instituição destaca a sustentabilidade dos níveis de liquidez.

"No que se refere à liquidez, salienta-se a estabilidade da carteira de depósitos de clientes particulares (-0,3% face a junho de 2014) e uma amortização das responsabilidades apresentadas por títulos de 546 milhões de euros, evidenciando uma gestão ativa das necessidades líquidas de refinanciamento", refere.

O rácio de eficiência 'cost to income' [gastos operacionais em percentagem do produto bancário] evoluiu de 34,63% em junho de 2014 para 60,77% no final do primeiro semestre.

O Montepio registou um aumento de 28.000 clientes em junho, face a igual mês do ano passado, e uma subida de 12.000 nos primeiros seis meses do ano.

A instituição destaca a "melhoria das notações de 'rating'", com a subida da notação financeira de longo prazo, atribuído pela Moody's de B2 para B1, melhorando também a perspetiva de negativo para estável, e da Fitch ter melhorado a perspetiva para estável.

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