De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o saldo da balança comercial é negativo para Portugal em 124,5 milhões de euros, nos primeiros seis meses do ano.

Atualmente, o Brasil é o 13.º cliente de Portugal e o seu 11.º fornecedor.

No ano passado havia 1.636 empresas portuguesas a exportar para o mercado brasileiro, menos 106 que um ano antes.

Em 2014, Lisboa era o 41.º cliente e fornecedor do Brasil.

No grupo de produtos mais exportados para o mercado brasileiro estão os agrícolas, máquinas e aparelhos e os veículos e outro material de transporte.

Nos primeiros seis meses deste ano, as vendas de produtos agrícolas, que representavam no final de junho 40,5% do total das exportações para Brasília, recuaram 1,9% para 115,6 milhões de euros, o mesmo acontecendo com as máquinas e aparelhos.

Este último grupo de produtos, com um peso de 14,2%, registou uma quebra de 18,5% no primeiro semestre, face a igual período de 2014, para 40,5 milhões de euros.

As exportações de veículos e outro material de transporte (com um peso de 13,8%), pelo contrário, subiram 9,7% para 39,5 milhões de euros.

Em igual período, as importações de produtos agrícolas brasileiros, que representam um terço do total das compras, subiram 4,2% para 138,6 milhões de euros.

Já as compras ao Brasil de combustíveis minerais (peso de 21,7%) e de veículos e outro material de transporte (10,1%) registaram quebras de 41,1% (88,9 milhões de euros) e de 6,1% (41,3 milhões de euros), respetivamente.

As exportações de azeite oliveira e suas frações, mesmo refinado mas não quimicamente modificado, lideraram a lista de bens vendidos ao Brasil no primeiro semestre, seguido das vendas de partes dos veículos e aparelhos e das maçãs, peras e marmelos frescos.

As vendas de filetes e outra carne de peixe, frescos, refrigerados ou congelados, ocupavam a décima posição.

Entre os produtos mais comprados ao Brasil no semestre consta ainda soja, mesmo triturada, que liderou as importações neste período.

Óleos brutos de petróleo ou minerais betuminosos e produtos laminados ocupavam o segundo e terceiro lugar, respetivamente, na lista das importações.

Em décimo lugar constavam as compras de tâmaras, figos, ananases ou abacaxis, mangas, mangostões, frescos ou secos.

Relativamente às exportações de serviços, estes recuaram 4% nos primeiros cinco meses do ano para 395 milhões de euros, enquanto as importações aumentaram 11,3 milhões de euros, em igual período.

O saldo da balança comercial nos serviços era favorável a Portugal em maio, registando 221,2 milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal.