Apesar das tentativas do regulador português, os candidatos chineses à compra do Novo Banco não reviram as propostas apresentadas há várias semanas. O Banco de Portugal encorajou os concorrentes a melhorar as ofertas, mas o objetivo de forçar um aumento dos valores oferecidos acabou por não ser cumprido.
De acordo com o Jornal de Negócios, apenas o grupo norte-americano Apollo aproveitou o prazo limite para entregar condições melhoradas, tentando assim ganhar uma vantagem decisiva em relação às concorrentes diretas.
A recusa dos candidatos asiáticos implica também uma dificuldade acrescida na seleção do vencedor: a derradeira proposta da Apollo foi entregue num novo formato sugerido pelo Banco de Portugal, tornando mais difícil a comparação direta entre ofertas.
O trabalho de avaliação por parte da entidade liderada por Carlos Costa fica assim mais difícil, aumentando o risco de um novo adiamento da decisão final. Recorde-se que o calendário inicial previa a escolha de um dono privado para o Novo Banco até ao final de julho, prazo que será largamente ultrapassado.