Receita fiscal arrisca desvio de 660 milhões, prevê UTAO
Dados constam no relatório de análise à execução do primeiro semestre da Unidade Técnica de Apoio Orçamental.
© Reuters
Economia Contas
A UTAO, Unidade Técnica de Apoio Orçamental, admite um desvio de 660 milhões na cobrança de impostos face aos números estimados pelo Governo.
A informação é revelada no relatório de análise à execução do primeiro semestre divulgada pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), a que o Diário Económico teve acesso. Nela pode ler-se que “utilizando os valores da receita fiscal sem ajustamentos e a manter-se o crescimento de 3,5% até ao final do ano, o desvio será de cerca de 660 milhões de euros".
Segundo o mesmo jornal, os técnicos do Parlamento vão recalcular estes dados tendo em conta fatores que podem afetar esta avaliação, nomeadamente a "evolução assimétrica dos reembolsos dos impostos indiretos" e "a contribuição sobre os operadores do setor energético e o crédito fiscal ao investimento".
E com este novo cálculo, a receita fiscal cresce menos 1,7%, pelo que o défice na receita fiscal agravar-se-á para 1.130 milhões de euros.
A incerteza nos reembolsos, refere o Diário Económico, está relacionada com as alterações processuais no regime de IVA, sendo que o Governo está a ser acusado pela oposição de aumentar a receita obtida com o IVA e IRS através da suspensão dos reembolsos.
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