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Lesados do BES esperam solução "credível e moral" até às eleições

A Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) espera que até às eleições seja possível encontrar uma solução "credível e moral" para o problema do reembolso do papel comercial do Grupo Espírito Santo.

Lesados do BES esperam solução "credível e moral" até às eleições
Notícias ao Minuto

12:52 - 02/08/15 por Lusa

Economia Papel comercial

Em declarações à Lusa, o membro da direção da AIEPC, Nuno Lopes Pereira, disse que não vão abandonar as suas reivindicações até que seja encontrada essa solução, mesmo que o Novo Banco seja vendido.

"Não é vendendo o banco aos chineses amanhã ou depois de amanhã que este problema por si só vai-se atenuar, antes pelo contrário. É o início do nosso pedido mais formal e mais gritante em termos do que vai ser o Novo Banco que vai dali surgir. Vamos continuar em cima até que nos arranjem uma solução credível e moral", disse Nuno Lopes Pereira, que recordou que, no dia 10 de agosto, vão assinalar o dia nacional dos lesados.

De acordo com este elemento da associação constituída em fevereiro, há "muita esperança de que até às eleições haja uma solução", não só pelo facto de a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter dado "toda a razão" aos lesados, mas esperam também que "o Banco de Portugal se aperceba que, em termos jurídicos, fez algo de completamente ilegal, injusto e imoral".

Um ano depois da resolução que partiu o Banco Espírito Santo em dois, a AIEPC apela "um pouco à moralização do Banco de Portugal que é todo-poderoso nesta questão", apesar de ter assistido à continuidade de Carlos Costa no cargo de governador com "muita surpresa".

"Toda a resolução enfermou de dois vícios: o primeiro de prejudicar o máximo número de clientes possíveis e a segunda de perdoar ao máximo de credores possíveis", afirmou Nuno Lopes Pereira.

O BES, tal como era conhecido, acabou a 03 de agosto de 2014, quatro dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros.

O Banco de Portugal, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os ativos e passivos de qualidade num 'banco bom', denominado Novo Banco, e os passivos e ativos tóxicos, no BES, o 'banco mau' ('bad bank'), que ficou sem licença bancária.

Para garantir a capitalização do Novo Banco, a instituição recebeu uma injeção de 4.900 milhões de euros por parte do Fundo de Resolução bancário, um fundo gerido pelo Banco de Portugal e que detém 100% do capital do Novo Banco. Deste montante, 3.900 milhões resultam de um empréstimo remunerado feito pelo Estado e o restante resulta de um empréstimo, também remunerado, feito por vários bancos a operar em Portugal e de capitais do próprio Fundo de Resolução.

O Novo banco foi entretanto posto à venda havendo neste momento três interessados que terão até 07 de agosto para melhorar as suas propostas. A comunicação social tem referido que os selecionados são os grupos chineses Fosun e Anbang, a par do fundo norte-americano Apollo.

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