"Há uma relação direta. O que poupámos nas parcerias público-privadas e empresas de transportes estamos a colocar no Portugal Porta-a-Porta e nestas pequenas obras", vincou Sérgio Monteiro, em declarações à Lusa.

O secretário de Estado falava no Marco de Canaveses, onde hoje foi apresentado o projeto de eletrificação do troço ferroviário entre as estações de Caíde (Lousada) e Marco de Canaveses, já em execução, num investimento de 6,1 milhões de euros.

Na sessão, foi também apresentada a intervenção que vai garantir uma ligação rodoviária mais rápida a Cinfães, a partir do Marco de Canaveses (variante à EN211).

Sérgio Monteiro explicou que "é do esforço de todos os dias dos portugueses, do Governo e das empresas públicas, que se vai "encontrando estes pedacinhos de dinheiro que vão ajudando a que estas obras avancem".

Questionado sobre o eventual caráter eleitoralista deste anúncio, o secretário de Estado negou essa ideia, recordando que "a primeira fase do mandato foi muito difícil, com reformas muito profundas e poupanças significativas".

Mas foi determinante - prosseguiu - "para se chegar a uma fase de esperança, em que o futuro já é um pouco mais risonho, também para as regiões do interior".

Acrescentou que estas obras avançam nesta fase, porque só agora abriu o novo quadro comunitários de apoio, sem o qual não seriam possíveis.

O governante sublinhou que as duas obras vão custar menos do que os projetos iniciais, ajustando-se ao momento por que passa o país.

"Estamos a remover bloqueios, com soluções muito mais baratas do que no passado. Porque eram mais caras, eram impossíveis de realizar", assinalou.

Para Sérgio Monteiro, as duas empreitadas são muito importantes, porque "diminuem a distância temporal e física entre regiões que têm uma grande importância em termos económicos".

A nova ligação a Cinfães, cujo anúncio de abertura de concurso foi hoje publicado em Diário da República, foi também hoje apresentada naquela vila, com a presença do autarca local, o socialista Armando Mourisco, e o edil social-democrata de Marco de Canaveses, Manuel Moreira.

Está previsto um custo de 3,6 milhões de euros. A autarquia local reclamava a obra há mais de 30 anos.

A intervenção prevê o prolongamento em cerca de três quilómetros da atual variante à EN 211, a partir de Soalhães, Marco de Canaveses, onde parou em 1999, evoluindo até Mesquinhata, em Baião.

A partir daí, vai-se aproveitar as redes nacionais e municipais de estradas de Baião e Marco de Canaveses, com alguns melhoramentos, sobretudo nas interceções, até à Barragem de Carrapatelo. Nessa infraestrutura, far-se-á a travessia do Douro, em direção à EN222, em Cinfães.

Os melhoramentos vão permitir reduzir de 35 para 28 quilómetros a distancia que separa o Marco de Canaveses de Cinfães. O tempo de ligação vai baixar dos atuais 55 minutos para os 32 minutos.