Subida dos preços em Angola já furou previsões do Governo para 2015

O aumento dos preços em Angola ultrapassou em junho, no acumulado dos últimos doze meses, a meta definida pelo Governo para todo o ano de 2015, segundo a última informação divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.

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Lusa
17/07/2015 09:25 ‧ 17/07/2015 por Lusa

Economia

INE

De acordo com o relatório de INE sobre o comportamento da inflação até junho, a variação homóloga dos preços situou-se em 9,61 por cento, um aumento de 2,72 pontos percentuais face ao mesmo mês de 2014, motivado pela crise decorrente da quebra na cotação internacional do petróleo.

Na prática, Angola viu reduazir a receita fiscal para metade e a entrada de divisas no país, agravando o custo das importações e o acesso a produtos, inclusive alimentares.

Estes dados do INE indicam que analisando a situação a meio do ano já foi ultrapassado o intervalo para a inflação previsto pelo Governo angolano no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2015, revisto em março precisamente devido à crise petrolífera.

Ainda segundo dados do INE angolano, esta taxa de inflação a doze meses representa um máximo de mais de dois anos.

A Lusa noticiou na quarta-feira que, segundo o Banco Angolano de Investimento (BAI) Europa, a crise que afeta Angola deverá comprometer as metas do Governo de manter a inflação abaixo dos 9% em 2015.

A situação é explicada no boletim daquele banco sobre o comportamento da economia angolana no terceiro trimestre com as consequências da crise da quebra da cotação internacional do barril de crude.

"É agora expectável, com o maior deslizamento cambial, uma aceleração dos preços, afigurando-se razoável admitir, desde já, a impossibilidade de cumprir o objetivo anual da inflação que, segundo a proposta de Revisão do OGE, não deveria exceder 9%, em média anual", escrevem os analistas do BAI Europa.

A posição é justificada também com base no 'mix' de políticas - orçamentais, cambiais, monetária e outras -, preparado pelo Governo para lidar com as dificuldades, nomeadamente de acesso a divisas. Dizem os especialistas daquele banco - cujo grupo é um dos maiores em Angola - que "uma das consequências prováveis" destas medidas "deverá fazer-se sentir ao nível dos preços no consumidor, devido ao peso dos produtos importados nas despesas de consumo das famílias".

O boletim do BAI Europa recorda que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou 1,2% só em maio, apresentando assim o valor mensal "mais elevado desde dezembro de 2011".

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