Bloco alerta que candidata à compra do Novo Banco "tem problemas"

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, alertou hoje que a chinesa Fosun, candidata em Portugal à compra do Novo Banco, é uma das empresas que "estão com problemas" na bolsa de Xangai.

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Lusa
09/07/2015 18:37 ‧ 09/07/2015 por Lusa

Economia

Xangai

Catarina Martins associou a crise na bolsa de Xangai à situação política em Portugal e acusou o Governo de não ter criado empregos nos últimos quatro anos, optando antes por privatizações e concessões de empresas e serviços públicos que tornam a economia nacional "dependente dos sobressaltos do mundo financeiro".

"Cada um dos setores estratégicos e a economia estremecem de cada vez que há um sobressalto na bolsa de Xangai", disse, frisando que a Fosun Internacional já detém atualmente, em Portugal, a seguradora Fidelidade.

Catarina Martins falava em Coimbra, na apresentação da lista de candidatos do BE pelo círculo de Coimbra às próximas eleições legislativas, encabeçada pelo professor universitário José Manuel Pureza, ex-líder do Grupo Parlamentar do partido na Assembleia da República.

"Esta mesma Fosun, a fazer estas compras no país, é uma das empresas que está com os problemas na bolsa de Xangai, cujas ações tiveram de ser proibidas a sua venda", acrescentou.

Trata-se, segundo a deputada e porta-voz do BE, de "uma crise de bolha financeira comparável, ou talvez maior, àquela que existiu nos Estados Unidos", em 2008.

O Bloco de Esquerda recusa "que a aquilo que é estratégico" na economia portuguesa esteja "dependente dos estremeções" da bolsa de Xangai e da especulação financeira no mundo.

"A economia está mais frágil porque está hoje mais dependente dos sobressaltos do casino financeiro por esse mundo fora", afirmou.

Catarina Martins disse que o BE se apresenta às eleições legislativas "com um programa claro: quando dizemos que queremos recuperar o que é nosso, recuperamos também soberania e democracia e não podemos aceitar que aquilo que é estratégico seja de tal forma vulnerável" em Portugal.

Para fazer a apresentação das propostas, José Manuel Pureza e a sua lista escolheram a estação ferroviária de Coimbra Parque, que integra o Ramal da Lousã e está abandonada há quase seis anos.

As obras na ferrovia que ligou Lousã e Miranda do Corvo a Coimbra, desde 1906, foram iniciadas pelo último Governo de José Sócrates, em finais de 2009, para instalar um sistema de metro que abrangeria também uma rede urbana na capital do distrito, mas foram suspensas pouco depois por alegadas razões financeiras.

"Os governos do PSD e do PS mentiram a Coimbra e ao seu distrito. (...) Houve alguém a viver acima das suas possibilidades e não foi o povo da Lousã, nem de Miranda, nem de Coimbra", criticou José Manuel Pureza.

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