Exportações para países da Aliança do Pacífico podem render 500 milhões
O ministro da Economia, António Pires de Lima, disse hoje à Lusa que Portugal pode atingir exportações para os quatro países da Aliança do Pacífico (AP) de 500 milhões de euros dentro de um a dois anos.
© Reuters
Economia Pires de Lima
O governante falava à Lusa a propósito da participação de Portugal, enquanto país observador, no fórum da AP - bloco regional criado formalmente em junho de 2012 pelo Chile, Colômbia, México e Peru -, que arrancou hoje no Peru e termina na sexta-feira.
"Neste fórum teremos uma presença mais clara no dia de amanhã [quinta-feira], nomeadamente nas reuniões de conselhos de ministros com os Estados observadores e os organismos internacionais e também num jantar oferecido pelo Presidente da República do Peru", disse António Pires de Lima, que representa Portugal neste encontro.
Na quinta-feira, "teremos reuniões bilaterais com vários países que cá estão, não só os quatro que formam a AP, mas mais outros quatro da América Central e da América do Sul", contabilizando "oito reuniões", adiantou.
"É uma oportunidade boa para estabelecer reuniões de trabalho e planos de ação com vários outros países que de outra forma precisariam de mais tempo para ser visitados", acrescentou.
Portugal "propõe uma agenda de colaboração que é muito clara: o aproveitamento da nossa experiência nas tecnologias de informação, nomeadamente em termos educacionais, no sucesso na área da promoção e formação no turismo, na área dos portos, das infraestruturas e energias renováveis".
"São estes os cinco temas que encabeçam a nossa lista de prioridades e a agenda que propusemos enquanto país observador", disse.
Portugal é país observador da AP desde maio de 2013.
Relativamente às expectativas, Pires de Lima disse que estas passam por Portugal "evidenciar, por um lado, a prioridade do estatuto de observador nesta aliança, o reforço das relações políticas e, sobretudo, económico-empresariais" do país.
"Portugal pode exportar muito mais do que 384 milhões de euros para o espaço onde vivem 210 milhões de pessoas, acho que claramente a ambição passa por num prazo relativamente curto, um a dois anos, chegarmos aos 500 milhões de euros de exportação", salientou.
Outro dos objetivos é "apoiar o esforço de grande investimento direto que muitas empresas portuguesas estão a fazer nestes países", ou seja, no México, Colômbia, Peru e Chile.
"É fundamental que o Estado português esteja perto politicamente destes países para apoiar os investimentos que as empresas portuguesas estão a fazer", já que "a solidez e a boa relação política antecedem fortes relações económico-comerciais", apontou.
"Estes quatro países que neste momento formam a AP têm sido definidos como essenciais à nossa estratégia de relacionamento com a América Latina", concluiu o ministro.
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