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Consequências da crise grega para Portugal "não vão ser muito duras"

O economista Jürgen von Hagen afirmou hoje que a Grécia vai permanecer no euro e encontrar, com os credores, uma solução para o problema, defendendo que o sucesso de qualquer programa depende do apoio do povo grego.

Consequências da crise grega para Portugal "não vão ser muito duras"
Notícias ao Minuto

17:07 - 01/07/15 por Lusa

Economia Economistas

"Acredito que a Grécia vai permanecer no euro, porque é a melhor decisão, em termos económicos. Acredito também que a Grécia e os seus credores vão encontrar uma solução aceitável para o problema da dívida grega", disse em Lisboa, Jürgen Von Hagen, que é vice-presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP) e professor na Universidade de Bona.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse hoje que vai manter o referendo à proposta dos credores agendado para 05 de junho e reiterou o apelo ao "não", garantindo que vai encontrar soluções após a consulta popular.

A mensagem de Alexis Tsipras surge após Atenas ter apresentado uma contraproposta para tentar alcançar um acordo. A carta dirigida por Tsipras aos chefes das três instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) sublinha que a Grécia "está preparada para aceitar o acordo" com algumas alterações.

"Se a Grécia terá um terceiro programa, depende do que for negociado. Mas para qualquer programa de reformas ser bem-sucedido é necessário o apoio do povo grego. Terão de aceitar que isto é o melhor para eles", disse Jürgen von Hagen, considerando que por outro lado as medidas específicas terão de ser definidas por Atenas.

Para o vice-presidente do CFP, é necessário "repensar o enquadramento" para se lidar, não só com a Grécia, mas com crises orçamentais no geral.

Questionado sobre possíveis contágios da situação grega a Portugal, o economista disse que "as duas situações são completamente incomparáveis", porque a crise económica foi mais severa na Grécia, mas também por motivos políticos.

"Portugal demonstrou a sua vontade de fazer grandes esforços para jogar pelas regras do jogo, por isso, em última análise, as consequências para Portugal não vão ser muito duras", disse.

No entanto, Jürgen von Hagen admite "consequências para o euro como um todo: aprendemos no último fim de semana que as regras do jogo têm de ser seguidas numa união monetária".

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