Consórcio chinês constrói barragem em Angola com empréstimo da China
Um consórcio chinês foi contratado pelo Governo angolano para construir, por mais de 3,5 mil milhões de euros, a nova barragem de Caculo Cabaça, na bacia do médio Kwanza, obra financiada por um banco da China.
© Reuters
Economia Luanda
A informação consta de um despacho presidencial de 12 de junho, a que a Lusa teve hoje acesso, aprovando o projeto para este aproveitamento hidroelétrico na província do Cuanza Norte, a assegurar pelo consórcio CGGC (China Gezhouba Group Corporation) & Niara Holding.
O mesmo despacho, assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, autoriza a assinatura do contrato de empreitada da obra entre o Ministério da Energia e Águas e aquele consórcio chinês, por 489.622.564.768 kwanzas (mais de 3,5 mil milhões de euros).
Uma informação do consórcio a que a Lusa teve acesso fixa no entanto o valor a empreitada em 4.532 mil milhões de dólares (quatro mil milhões de euros) e 80 meses de trabalhos, para a instalação de uma potência de produção elétrica de 2.171 MegaWatts (MW).
A obra prevê a edificação de túneis, trabalhos de construção civil, fornecimento, instalação e testes de equipamentos eletromecânicos.
O despacho presidencial recorda que "o combate ao défice da produção elétrica é uma das prioridades do Governo para promover a qualidade de vida dos cidadãos e o desenvolvimento económico e social do país" e que a barragem de Caculo Cabaça foi identificada como um dos projetos estruturantes nesta área.
Autoriza ainda a inclusão do projeto no Programa de Investimento Público (PIP), cabendo ao ministro das Finanças, Armando Manuel, "identificar o espaço fiscal necessário para assegurar o pagamento inicial da obra" e negociar um financiamento junto do Banco de Comércio e Indústria da China, com a cobertura de risco da Sinosure, para "assegurar o pagamento total da empreitada".
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