Grécia: "Chega um momento em que há limites"
O antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão considerou que, apesar de ser generalizada a vontade de que a Grécia permaneça na zona euro, chega um momento em que há limites, e a Europa não pode permanecer no atual impasse.
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Economia Pinto Balsemão
"Ninguém quer que a Grécia saia, mas também chega um momento em que há limites. A Europa não pode estar toda parada à espera de uma solução", afirmou aos jornalistas o responsável na segunda-feira à noite.
O antigo governante falava à margem da gala de entrega dos prémios Primus Inter Pares, promovido pelo Banco Santander Totta em parceria com o jornal Expresso, que hoje decorreu em Lisboa, assinalando que "vai haver um referendo [na Grécia] e daí surgirão consequências".
E realçou: "Portugal já cumpriu os seus deveres, demonstrou que era possível cumpri-los, já passámos muito para além do meio da ponte, já estamos na outra margem, falta-nos realmente chegar ao nosso destino mas estamos a caminho disso".
Apesar das muitas dúvidas causadas devido à atual situação de impasse nas negociações entre o governo grego e os seus credores, Pinto Balsemão antecipou que depois "de tudo isto, a Europa poderá sair mais fortalecida".
O líder da Impresa, dona da SIC e do Expresso, evitou comentar a opção do governo helénico de convocar um referendo sobre as propostas dos credores.
"O referendo é uma opção grega sobre a qual eu não me posso pronunciar. Não conheço suficientemente as circunstâncias políticas. Veremos os resultados, é uma forma de exercício de democracia e temos que respeitar", sublinhou.
Na sexta-feira à noite o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou a realização de um referendo a 05 de julho, para que o povo grego decida se aceita, ou não, o acordo proposto pelos credores - Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu.
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