O subsídio de alimentação não escapou à política de austeridade do Governo, sendo que o Orçamento do Estado para 2013 prevê que as prestações acima dos 4,27 euros diárias passem a ser tributadas, contra os 5,12 euros por dia, valor que em 2012 fixava esse tecto. Mas isto só se aplica caso sejam pagas em dinheiro. Se o pagamento for feito através de tickets ou de cartões, o subsídio de refeições até 6,83 euros por dia continua isento de impostos.
Desta feita, são cada vez mais as empresas a optarem por mudar de sistema, passando a pagar o subsídio em cartões ou tickets, em detrimento de dinheiro. Até porque ambas as partes saem beneficiadas: os funcionários, que até podem passar a ganhar mais, e as entidades patronais uma vez que daí retiram benefícios fiscais.
A título de exemplo, a cimenteira Semapa, o grupo de tintas Barbot, ou a companhia de seguros Açoreana, decidiram já optar pela via alternativa dos cartões e tickets. E estão longe de serem casos isolados. Embora ainda não seja totalmente certo, a Vodafone, a EDP, ou a Bosch, estão a analisar a matéria, equacionando a adopção deste método.
Estes meios de pagamento alternativos podem, posteriormente, ser usados não só em restaurantes, como em supermercados.