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"Quem comprou a TAP não pagou a asa de um dos seus aviões"

Após a conclusão de um processo de privatização muito controverso entre partidos e posições sociais, Francisco Louçã revela que esta foi “uma campanha importantíssima para o Governo”.

"Quem comprou a TAP não pagou a asa de um dos seus aviões"
Notícias ao Minuto

23:36 - 12/06/15 por Notícias ao Minuto

Economia Francisco Louçã

No programa semanal ‘O Tabu de Francisco Louçã’, transmitido pela SIC Notícias, o antigo líder do Bloco de Esquerda afirma que, na sua opinião, este processo de privatização decorreu com “alguns laivos de adolescência”, já que os responsáveis passaram “uma noitada a preparar a operação entre o 10 de junho e o 11 de junho”.

De acordo com o comentador, este processo assenta em alguns pressupostos relevantes: primeiramente a certeza de que esta foi uma missão relevante para o Governo, depois a pressão ideológica em colocar um ponto final no processo e, para concluir, as dúvidas que têm surgido em torno do negócio e da privatização em si.

Francisco Louçã acredita que, em termos de pressão ideológica, havia uma “enorme vontade de fechar o assunto o mais depressa possível, assinar tão pronto como possível”, até porque as eleições legislativas estão a aproximar-se e o tempo para a aprovação de uma das propostas era cada vez mais reduzido.

Por outro lado, o comentador acredita que uma das dúvidas mais relevantes será a opinião das autoridades europeias em relação ao negócio e ao facto de Neeleman ser uma figura central no consórcio.

Mais ainda, Francisco Louçã refere que as dúvidas acerca dos valores do negócio têm levantado diversas opiniões negativas. “Dez milhões são dez milhões, um Airbus custa entre 60 e 65 milhões de euros, é mesmo verdade que quem comprou a TAP não pagou a asa de um dos muitos aviões que a TAP tem”, explica o antigo líder do Bloco.

Durante o comentário na antena da RTP, Louçã garante também que há a necessidade de perceber qual o verdadeiro interesse do governo brasileiro nesta matéria, já que aparentemente há um “financiamento do banco de fomento do Brasil, ou seja diretamente do estado brasileiro”.

Por outro lado, o professor acredita que nos processos de privatização dos últimos tempos há uma “grande contradição: as grandes privatizações que se fizeram em Portugal nos últimos anos, são nacionalizações por outros países, ou interferências de estados”, relembrando o caso do estado chinês com a EDP ou REN.

Em relação à mais recente privatização de uma empresa portuguesa, Francisco Louçã acredita que o Partido Socialista está numa “situação difícil” por ao longo dos últimos 20 anos ter insistido na privatização da TAP e agora, caso ganhe as eleições, tem de cumprir o “único compromisso que teve: reverter esta venda”.

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