Em consequência da taxa sobre os sacos de plástico decretada pelo Governo há pouco mais de três meses, muitos fabricantes sofreram uma grande quebra na produção que os obrigou a dispensar trabalhadores.
Na Plasgal, uma dos maiores fabricantes portugueses de embalagens, "a quebra na produção foi de 90% e, a nível de faturação, em três meses, foi superior a 30%", disse ao Jornal de Notícias o diretor-geral, Paulo Almeida.
"Os sacos finos representavam 60% da nossa produção, agora são 6% e é tudo para exportar. Mas até isso tem sido difícil", refere, admitindo que a empresa deixou de renovar contratos. "Em três meses, foram embora 15 das 115 pessoas que laboravam".
Como "os sacos do lixo não competem pela qualidade mas pelo preço", Borges do Amaral, diretor-geral da Topack, uma das empresas do maior grupo nacional de plásticos, queixa-se ainda da concorrência dos produtos asiáticos.