PT SGPS vai pedir criação da comissão de credores ao Tribunal
A PT SGPS vai solicitar na próxima semana ao Tribunal do Luxemburgo a criação da comissão de credores no caso Rioforte, adiantou à Lusa fonte ligada ao processo.
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Economia RioForte
Segundo a mesma fonte, a PT SGPS vai ainda pedir "o mais rapidamente possível", assim que os advogados consigam, a eliminação da operação da venda da Espírito Santo Financial Group, da ESI (Espírito Santo International), à Rioforte, que a empresa considera ter sido "fraudulenta".
A mesma fonte avançou ainda que o prazo para o Tribunal do Luxemburgo divulgar a lista completa de credores passou de 30 de maio para 30 de setembro.
A criação da comissão de credores e a divulgação da lista completa pelo Tribunal do Luxemburgo poderão não ser coincidentes no tempo.
Em declarações anteriores, em abril, sobre a recuperação do investimento na Rioforte, num valor de 897 milhões de euros, os administradores da PT SGPS, João Mello Franco [presidente do Conselho de Administração] e Rafael Mora, tinham afirmado que a expetativa mais conservadora era de 15%, mas sublinharam que vão "fazer para ser a maior possível".
Na altura, afirmaram que o valor do investimento que poderá ser recuperado "depende de um conjunto de decisões que o Tribunal do Luxemburgo tem de tomar", desde logo quanto a uma eventual eliminação da operação que sublinham ser "fraudulenta" e "que foi a venda da Espírito Santo Financial Group à Rioforte".
"Recebemos informação do Banco de Portugal que se tem revelado absolutamente importante e crucial para definir a estratégia relativamente ao avanço para um processo em tribunal e para recuperar o investimento na Rioforte", frisou na altura Rafael Mora.
Os responsáveis da PT SGPS consideram que "foi esta operação que motivou a queda da Rioforte" e afirmam que antes desta operação fraudulenta, a ESI devia à Rioforte mil milhões de euros aproximadamente e depois da operação a Rioforte passou a dever à ESI 1.300 milhões de euros.
Na defesa jurídica da PT SGPS serão usadas, entre outras, as conclusões do relatório da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES) que indica que os antigos presidentes da PT Henrique Granadeiro e Zeinal Bava sabiam dos investimentos da operadora no GES.
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