Mercado imobiliário de compra e venda suplanta o do arrendamento
Os primeiros dados de 2015 sobre o mercado imobiliário mostraram a preferência pela compra e venda, devido à melhoria da economia, segundo a 29.ª edição do Catálogo de Estudos da Associação de Empresas imobiliárias (APEMIP).
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Economia Relatório
Na introdução do documento hoje divulgado, o presidente da APEMIP, Luís Lima notou que o 1.º trimestre de 2015 espelha o que "já havia sido confirmado em 2014: uma dinâmica cada vez mais assente no mercado de compra e venda, que começa aos poucos a suplantar-se à procura pelo arrendamento urbano".
Recorrendo aos dados do catálogo, o responsável notou que no início do ano 50,3% das pesquisas feitas centraram-se em compra de casa, enquanto 47,5% visaram o arrendamento.
Segundo Luís Lima, a maior procura pela aquisição deveu-se à "melhoria da economia portuguesa que, apesar de lenta, confere ao mercado de consumo uma maior confiança para investimentos tão importantes como é a compra de casa".
Outras justificações para a situação é a "contaminação positiva" do mercado interno pela crescente procura internacional, assim como a retoma na atribuição de crédito pelos bancos.
"Por outro lado, os preços do arrendamento continuam a não ser competitivos quando comparados com o valor da prestação de crédito à habitação", acrescentou.
Com base nas pesquisas no portal CasaYES, a maior procura de valores no arrendamento residencial (quase 40%) foi para valores menores a 300 euros, seguindo-se (38%) buscas por rendas entre os 300 e os 500 euros.
Já do lado da oferta, apenas 19,8% dos imóveis apresentavam valores menores a 300 euros, enquanto 41,3% se situavam no intervalo entre os 300 e os 500 euros.
A nível de compra, as principais buscas centraram-se entre os 75 mil e os 125 mil euros (28,4%), tal como havia mais imoveis neste intervalo do lado da oferta (24,8%).
Os apartamentos foram os mais procurados neste período, com as tipologias preferidas a serem T2 e T3.
O concelho mais pretendido para comprar foi Lisboa, embora no segmento de moradias, ao contrário dos documentos anteriores, o Porto foi o mais procurado, com a área da capital a não surgir nos primeiros dez.
As buscas por arrendamento centraram-se nos municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Os dados referentes ao serviço Casa Pronta, do Ministério da Justiça, registaram um aumento de 9% nos primeiros três meses de 2015, em relação a igual período de 2014, traduzindo um total de 13,6 mil procedimentos/títulos.
Em termos acumulados, desde julho de 2007, os balcões Casa Pronta foram responsáveis por cerca de 453 mil procedimentos/títulos, dos quais cerca de 11% destes foram registados nos primeiros meses deste ano.
Assente em informações do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o índice de preços na habitação (IPHAB) mostrou terem-se transacionado, em 2014, 84.215 alojamentos familiares, mais 4.440 alojamentos do que em 2013.
Já segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a nível da evolução de preços, este índice registou um aumento de 2,2% no 4.º trimestre do ano passado, sendo a taxa de variação homóloga de 1,2% em casas novas e 2,8% em alojamentos usados.
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