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Vodafone não vê benefícios no controlo prévio pela Anacom

O presidente executivo da Vodafone, Mário Vaz, não vê "qualquer benefício" "nem necessidade" no controlo prévio pela Anacom sobre as mensagens dos operadores de telecomunicações, previsto no novo diploma do Código da Publicidade que está em consulta pública.

Vodafone não vê benefícios no controlo prévio pela Anacom
Notícias ao Minuto

13:50 - 26/05/15 por Lusa

Economia Telecomunicações

"O dinamismo da comunicação neste setor das telecomunicações não se compadece com este tipo de procedimentos, este é um passo que não percebo, posso perceber alguns receios de casos muito concretos que possam ter existido, mas não vejo qualquer benefício nessa alteração", disse Mário Vaz, à margem do Encontro sobre "Smart Cities", promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), em Lisboa.

O novo diploma do Código da Publicidade, que está em consulta pública até sexta-feira, atribui à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) o controlo prévio sobre as mensagens dos operadores de comunicações eletrónicas, já que é a área que apresenta "mais reclamações dos consumidores, de forma consistente e crescente", segundo o Ministério da Economia.

Mário Vaz acrescentou não ver qualquer necessidade na alteração e frisou que "a autorregulação tem funcionado muito bem nessa matéria".

A publicidade nas telecomunicações, na sua generalidade, está na origem de equívocos, que vão desde a má compreensão do teor das ofertas conjuntas de serviços, passando pela promessa de velocidades e capacidades ou o uso da palavra ilimitado.

Na semana passada, num encontro com os jornalistas, no Ministério da Economia, sobre o novo Código da Publicidade, o secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, salientou que entre 2012 e 2014 o setor das telecomunicações viu o número de reclamações aumentar 30%, de 50.025 para 65.098, relativas a cinco operadores.

"O Ministério da Economia está disponível" para encontrar uma solução para as reclamações do setor, disse, adiantando que tem havido "conversações" com a Anacom sobre o assunto.

O governante manifestou-se disponível para dialogar com a associação que representa os operadores, a Apritel, sobre o mesmo tema.

Questionado sobre o interesse da Vodafone na compra da Cabovisão e da Oni, Mário Vaz reiterou que a operadora "sempre disse" que estudava as oportunidades existentes, mas nada afirmou sobre a apresentação de uma proposta concreta ou a realização de negociações com a dona daqueles ativos, a francesa Altice.

"Os estudos têm sempre diferentes fases, estamos a estudar o 'dossier' já há algum tempo, por isso [o estudo] estará numa fase mais avançada do que aquela em que estava há algum tempo", disse, sem adiantar quaisquer pormenores, apenas afirmando que "quem compra e quem vende tem sempre interesse que essas coisas aconteçam o mais depressa possível".

Mário Vaz acrescentou ainda que "o potencial comprador e o vendedor hão de encontrar um momento para que isso aconteça" e frisou que "quando se vê interesse num ativo é para se poder explorar o ativo, quanto mais depressa [se] tiver acesso ao ativo, mais depressa se beneficia daquilo que se considera ser o potencial do mesmo".

Sobre o futuro, Mário Vaz prevê uma estabilização da queda das receitas do segmento móvel e, neste sentido, uma melhoria e um crescimento no fixo.

"Do ponto de vista da Vodafone em concreto, a componente fixa é aquela que terá um crescimento acentuado, o que resulta do número de clientes e da liderança que temos assumido na aquisição de clientes nessa área", disse Mário Vaz.

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