"Chegámos a um acordo com um investidor privado no sentido de lhe passarmos o direito de superfície daquele espaço durante 20 anos para que lá seja construído um hotel de quatro estrelas", referiu Paulo Fernandes.
O autarca adiantou que o acordo prevê que o investidor (uma empresa da zona de Lisboa que em março inaugurou outro empreendimento hoteleiro no concelho do Fundão) fique a pagar uma verba de mil euros mensais à Câmara Municipal, que adquiriu aquele edifício em fevereiro de 2014.
"É exatamente o mesmo valor que estamos a pagar pela operação de aquisição", explicitou.
O acordo impõe ainda o prazo máximo de cinco anos para a concretização da obra, o que se não for cumprido levará a que o direito de superfície cesse imediatamente e que o convento volte às mãos da autarquia, sem qualquer custo para o município e independentemente do investimento que aí tenha sido realizado.
O objetivo é evitar que este seja apenas mais um dos vários projetos que ao longo dos anos foram anunciados para aquele espaço, sem que nenhum tenha sido, efetivamente, concretizado.
"Não queremos de forma nenhuma que essa situação se repita", frisou o autarca, que também espera que tal cláusula não tenha de ser acionada e que o hotel fique concluído antes disso.
Segundo referiu, o cronograma inicial aponta para que a obra seja concretizada em cerca de três anos, num investimento previsto por parte do investidor que rondará cerca de três milhões de euros e que permitirá recuperar um espaço emblemático e com grande valor arquitetónico e patrimonial.
