“António Costa nunca na vida conseguirá explicar como se iria privatizar uma empresa como a TAP – onde o Estado está proibido de injetar dinheiro com um acionista privado monetário”, critica o ministro da Economia, Pires de Lima.
Em causa estão as declarações de António Costa relativamente aos seus planos para a TAP se for eleito para formar Governo nas legislativas. Para o homem do PS, a maioria do capital da TAP estará vedado a privados e as 35 horas de trabalho serão repostas.
Em reação, Costa foi acusado de eleitoralismo, com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho a avisar que “há uma grande diferente entre propalar certas ideias e concretizá-las”, referindo também que “ninguém tem o direito de destruir o sacrifício que os portugueses fizeram”.
Também o líder da CGTP, Arménio Carlos, não aceitou de braços abertos as medidas de António Costa, refutando qualquer entrada de capital privado na transportadora aérea. Algumas medidas, como a reposição das 35 horas de trabalho, foram aplaudidas por Carlos mas de resto são “medidas que sabem a pouco”.
O líder da CGTP lembrou ainda declarações do Governo em como não poderia investir na TAP, não compreendendo como pode estar “impedido de investir nas empresas públicas e depois fazer grandes investimentos para tapar buracos de bancos privados”.