O uso dos clientes do BES para financiar o Grupo Espírito Santo foi decisivo para afundar o banco. Esta é a conclusão de um dos últimos blocos da auditoria forense realizada pela Deloitte às contas da instituição que na altura era liderada por Ricardo Salgado.
Segundo o Jornal de Negócios, o Banco Espírito Santo colocava dívida do Grupo nos fundos de investimento de clientes sem conhecimento, financiando assim as empresas com perdas.
De acordo com a Deloitte, esta prática quebra "um conjunto muito significativo" de regras financeiras e tinha como objetivo a prestação de crédito extra às restantes entidades geridas pela família Espírito Santo.
A Deloitte denuncia também o uso da suíça Eurofin como fonte de financiamento ao BES e GES, numa relação de dependência que durou quase 15 anos.