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Passos diz que PS não vai respeitar Tratado Orçamental

O primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, colocou em causa, na quarta-feira à noite, a credibilidade do plano macroeconómico do PS e sustentou que os socialistas não vão respeitar as regras da União Europeia.

Passos diz que PS não vai respeitar Tratado Orçamental
Notícias ao Minuto

06:15 - 07/05/15 por Lusa

Economia União Europeia

Num discurso de mais de uma hora, na cerimónia de encerramento das comemorações dos 40 anos do PSD, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, Pedro Passos Coelho falou em tom irónico sobre o programa do PS, apontando, por exemplo, a descida da Taxa Social Única: "Ficámos a saber que é neutra, não custa nada, não sei porque é que a gente não fez".

"[Os socialistas] conseguem com isto dizer, de forma muito simples, aquilo de que nós já suspeitávamos: é que simplesmente dizem o que não vão fazer. Não vão respeitar nem as regras, nem os compromissos, nem os objetivos que estão em vigor em nome de Portugal na União Europeia, porque não é possível fazê-lo", defendeu o presidente do PSD.

Passos Coelho apontou também a falta de uma projeção para o saldo estrutural no cenário económico dos socialistas: "Perguntou o PSD, então e o défice estrutural, como é que vai ser? Ah, isso é muito complicado, porque há muitas metodologias, todos os anos a Comissão Europeia muda as metodologias, nós sabemos que essas metodologias estão desligadas da realidade".

Descrevendo o discurso do PS, o primeiro-ministro prosseguiu: "Preferimos não fazer a coisa, a gente não diz qual é o saldo estrutural, mas não se preocupem que a gente vai verificar as condições. E dizem isto sem se rirem, explicam isto assim, acham que é uma conversa séria".

Segundo o presidente do PSD, a campanha dos socialistas para as legislativas deste ano vai ser semelhante à de 2009: "Mais uma prestação social, devolva mais, eu posso devolver mais, eu vou devolver mais, e não acontece nada, pode ter a certeza".

"É correr o risco de ainda ter mais défice e mais dívida, porque milagrosamente o que nunca ninguém resolveu em parte nenhuma do mundo, o PS vai aqui resolver, que é pôr a economia a crescer sem criar dívida, distribuindo dinheiro por toda a gente. Quem é que acredita nisto? Eu não acredito. Julgo que do ponto de vista orçamental é arriscado e do ponto de vista do modelo de desenvolvimento económico é errado", concluiu.

Passos Coelho rejeitou que o executivo PSD/CDS-PP tenha governado como "perigosos liberais ou ultraliberais", mencionando a taxação do capital, e referiu-se à estratégia da atual maioria como "um caminho de recuperação gradual, mas segura".

Passos Coelho afirmou que fez questão de ser ele a dar "as más notícias" nestes anos e homenageou e agradeceu ao "militante anónimo do PSD" pelo apoio que dado ao Governo com "convicção, muita entrega e espírito de sacrifício e muito amor ao seu país".

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