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Previsões da UE não mudam cenário macroeconómico do PS

O deputado socialista João Galamba afirmou hoje que a alteração das previsões económicas da Comissão Europeia "não têm qualquer impacto" no exercício feito pelo grupo de trabalho mandatado pelo PS.

Previsões da UE não mudam cenário macroeconómico do PS
Notícias ao Minuto

14:50 - 05/05/15 por Lusa

Economia João Galamba

Em declarações à Lusa, João Galamba, um dos 12 economistas que redigiram o relatório encomendado pelo PS, afirmou que o exercício do grupo de trabalho foi o de "calcular variações face a um cenário base, seja qual for esse cenário base".

"Aquilo que estamos a estimar é, com aquelas políticas, quanto aumenta o produto e o emprego e quanto desce o défice e a dívida pública", disse João Galamba, acrescentando que a mudança do cenário base "é indiferente" ao impacto das medidas previstas, que se mantém.

O deputado socialista defendeu que "o estudo [do PS] só estaria desatualizado se os impactos das medidas propostas fossem revistos", sublinhando que "não foi esse o caso" e que "se se cumprirem as previsões [europeias], isso só torna os resultados finais [previstos no relatório] ainda mais plausíveis".

A 21 de abril, os 12 economistas mandatados pelo PS apresentaram o relatório 'Uma década para Portugal' em que, partindo do cenário macroeconómico da Comissão Europeia, conhecido a 5 de fevereiro, apresentaram as suas próprias projeções para a economia portuguesa até 2019, considerando o impacto de uma série de medidas também incluídas no documento.

No entanto, Bruxelas atualizou hoje as suas previsões para a evolução da economia e das finanças públicas de Portugal, tendo melhorado ligeiramente estas perspetivas face às apresentadas em fevereiro.

Para 2015, a Comissão Juncker manteve a previsão de crescimento económico (nos 1,6%) mas melhorou a do défice orçamental (dos 3,2% para os 3,1% do PIB) e para a dívida pública (dos 124,5% calculados em fevereiro para os 124,4%).

Já para 2016, o grupo de trabalho liderado por Mário Centeno prevê que Portugal cresça 2,4% e que o desemprego seja de 12,2%, sendo o cenário europeu para um crescimento económico de 1,8% e uma taxa de desemprego de 12,6%.

Quanto às finanças públicas, os socialistas antecipam que, considerando as medidas incluídas no seu documento, o défice orçamental seja de 3,2% em 2015 e de 3% em 2016, ao passo que as projeções de Bruxelas, que assumem as políticas atuais, apontam para um défice de 3,1% este ano e de 2,8% no próximo.

Isto significa que, tendo o défice acima dos 3% definido pelas regras europeias tal como os socialistas consideram nos seus cálculos que já incluem o impacto das medidas que integram o relatório, em 2016, Portugal continuará no Procedimento dos Défices Excessivos.

Relativamente à evolução da dívida pública, o PS estima que seja de 130,2% este ano e que caia para os 128,8% em 2016, enquanto os técnicos europeus esperam que seja de 124,4% em 2015 e de 123% no próximo ano.

As previsões da Comissão Europeia são feitas num cenário de políticas invariantes, ou seja, considerando apenas as medidas em vigor ou já legisladas.

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