Juros da dívida de Portugal a cair a dois e cinco anos e a subir a 10 anos
Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a cair a dois e cinco anos e a subir a dez anos em relação a sexta-feira.
© Lusa
Economia Mercado
Hoje, cerca das 08:50 em Lisboa, os juros da dívida portuguesa a dez anos estavam a subir para 2,009%, contra 1,986% na sexta-feira. O atual mínimo de sempre é 1,560% e foi registado a 13 de março.
Os juros a cinco anos estavam a descer, para 0,947%, contra 0,952% na sexta-feira e o mínimo de sempre, de 0,749%, a 10 de abril.
No mesmo sentido, os juros a dois anos estavam a cair para 0,071%, contra 0,088% na sexta-feira e o mínimo de sempre, 0,13%, a 13 de abril.
Depois de ter iniciado a 09 de março um programa sem precedentes de compra de dívidas soberanas e privadas, que vai permitir injetar 60 mil milhões de euros por mês, até, pelo menos, setembro de 2016, na economia da zona euro na esperança de a redinamizar, o Banco Central Europeu (BCE) manteve na quarta-feira de novo as taxas de juro inalteradas em mínimos.
Os efeitos do programa fizeram sentir-se, por antecipação, nas taxas de juro das dívidas soberanas, que evoluem em sentido inverso ao da procura e têm renovado mínimos diariamente. Algumas das taxas tornaram-se negativas nos prazos mais curtos, ou seja, os investidores estão dispostos a pagar para deter estes títulos considerados muito seguros.
A 17 de maio de 2014, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar.
O programa de ajustamento pedido por Portugal à 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor durante cerca de três anos.
Os juros da dívida soberana da Irlanda estavam a cair a cinco anos e a cair a dez anos, enquanto os de Itália estavam a subir em todos os prazos e os de Espanha estavam a descer a dois anos e a subir a cinco e dez anos.
Em relação aos juros da Grécia, estes estavam a subir a cinco e a dez anos, para valores em torno dos 18% e de 12,8%, respetivamente, depois de terem terminado na passada terça-feira em valores máximos de 20,3% e 13,6%.
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