A oferta de aquisição pública (OPA) do CaixaBank sobre o BPI poderá avançar de qualquer forma mesmo que a assembleia-geral (AG) chumbe a proposta para pôr fim ao limite de votos no BPI.
Foi assegurado aos catalães do CaixaBank que a OPA será registada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), mesmo que a empresária angolana Isabel dos Santos tente a desblindagem de estatutos, que deverá acontecer no próximo dia 29.
O presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar indicou que a instituição pretende convocar uma nova reunião de acionistas para votar o fim do limites de votos, depois de a OPA obter todas as autorizações.
No entanto, esta nova reunião só poderá acontecer no próximo mês, depois de Bruxelas autorizar a 13 de maio, dá conta o Jornal de Negócios.
Os dois maiores acionistas do banco liderado por Fernando Ulrich – La Caixa com 44,1% e Isabel dos Santos com 18,6% - deverão chegar a um entendimento antes de dia 29.
Os catalães preferem assegurar a desblindagem de estatutos, mas a empresária não abdica da oposição à OPA sem um aumento de preço que justifique a sua mudança de posição.
Caso não receba uma oferta aliciante, Isabel dos Santos conseguirá sempre terminar com a operação, mesmo que tenha de chumbar a desblindagem numa segunda assembleia. Ou seja, a solução do CaixaBank passa sempre por aumentar o valor da oferta.