O i revela, esta segunda-feira, que a transferência dos fundos dos reformados e pensionistas da banca, solução encontrada pelo Governo para salvar o défice público de 2011, teve um impacto negativo nas contas da Segurança Social, provocando um desequilíbrio de quase 516 milhões de euros.
Um valor muito superior ao aumento de 353,3 milhões com os encargos das prestações sociais, revelam dados do relatório do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS), divulgado na passada sexta-feira.
Contas mais pormenorizadas mostram que as pensões dos bancários pesam mais do que as verbas gastas com o aumento das novas prestações de desemprego (489,2 milhões) e os valores totais pagos por subsídio de doença (414,3 milhões), o complemento solidário para idosos (272,1 milhões) ou o rendimento social de inserção (387,9 milhões).
Assim sendo, se no total a receita da Segurança Social aumentou 637,8 milhões de euros, também graças ao acréscimo da receita fiscal do IVA, à cobrança coerciva, e a transferências exteriores e de outras entidades, ao mesmo tempo, a despesa disparou 664,2 milhões de euros, valor que reflecte o aumento com as novas prestações sociais e, principalmente, os encargos com as pensões dos banqueiros.
O jornal i salienta ainda que o pagamento destas reformas vai arrastar-se durante, pelo menos, mais dez a quinze anos.