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Promessas do PS são "PPP com os portugueses" a pagar

O ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco, rotulou hoje o cenário macroeconómico apresentado terça-feira pelo PS como "Parcerias Público-Privadas (PPP) com os portugueses", pois "gasta-se já e há de se pagar algum dia mais tarde".

Promessas do PS são "PPP com os portugueses" a pagar
Notícias ao Minuto

16:43 - 22/04/15 por Lusa

Economia Aguiar-Branco

Num almoço-debate sobre a democracia portuguesa, organizado pelo International Club of Portugal, em Lisboa, José Pedro Aguiar-Branco congratulou-se por haver, finalmente, uma escolha alternativa nas legislativas deste ano e com o facto de o sistema partidário luso não ter cedido ao "refluxo demagógico" de movimentos "anarquizantes" como o espanhol Podemos ou o grego Syriza.

"É uma PPP do PS com os portugueses. Gasta-se já e há de se pagar algum dia mais tarde. Esta PPP que o PS quer fazer tem só um pequeno problema - os cofres do Estado ainda não estão suficientemente cheios para o PS voltar ao poder. Não tem condições, não está preparado o país para voltar a ter um governo do PS", disse, colocando em cima da mesa "ou o regresso ao passado ou a consolidação do futuro", equiparando o eventual "modelo de governação" do socialista António Costa ao do ex-primeiro-ministro José Sócrates.

O membro do executivo da maioria PSD/CDS-PP vincou que agora "os portugueses podem escolher muito bem entre dois projetos", sublinhando que, em 2015, "há uma taxa de crescimento com tendência de revisão em alta, as exportações mantém o nível e o défice e o desemprego também têm tendência a baixar" e há que "escolher entre seriedade, realismo e aposta na sustentabilidade nas contas públicas e no crescimento ou, por outro lado, "as tais PPP".

Relativamente à possibilidade de uma aliança entre PSD e PS, Aguiar-Branco manifestou a sua discordância.

"Não concordo. Temos já uma democracia madura. A responsabilidade deve ser clara entre quem governa e a oposição. Numa lógica de bloco central de governação há tendência para crescerem os extremos e, ao crescerem os extremismos, estamos a prejudicar a qualidade da nossa democracia", disse.

Aguiar-Branco afirmou que é preciso "um segundo mandato para consolidar o que se fez e está a resultar, com a mesma visão de futuro" e "afastar a frustração e a depressão de vez".

"Os tempos não são para popularidade fácil. Pediram que governássemos, não para as sondagens da semana seguinte, mas para o que o país impunha que se fizesse no interesse nacional. Acredito que a nossa democracia é suficientemente madura para reconhecer isso e expressar com voto que não quer um regresso ao passado", atestou.

O ministro da Defesa, que diz ter garantido "mais de 1.300 milhões de euros de poupanças" no setor que tutela, prometeu que "esta coligação, estes partidos que constituem o Governo, não fará eleitoralismo, mesmo em ano eleitoral.

"Já demonstrámos que essa é a linha de ação, a do interesse nacional colocado em primeiro lugar. Em 2009, os funcionários públicos foram aumentados em 2,9% e, agora, anuncia-se uma reposição mais rápida no que diz respeito aos rendimentos dos funcionários públicos. Em 2009, baixou-se um ponto do IVA para, aparentemente, fazer a retoma da economia, agora baixa-se o IVA da restauração e a Taxa Social Única (TSU)", continuou, referindo-se a medidas preconizadas pelos socialistas.

Para Aguiar-Branco tal não é o caminho, pois, hoje, "conclui-se com facilidade, que o destino que houve foi o de termos caminhado para a bancarrota, ganhou-se as eleições, mas arruinou-se o país".

"Nós não iremos por aí", vincou, já depois de se mostrar agradado com o facto de os partidos políticos terem resistido "a uma certa tendência europeia de, por um fluxo, um certo refluxo demagógico, conjuntural, dar voz àqueles que se mostra que não estavam preparados, como os movimentos Syriza e Podemos, que são desestruturantes e anarquizantes da nossa sociedade".

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