Numa altura em que a crise começa a sair ‘de fininho’ de Portugal, António Vieira Monteiro diz que, atualmente, “a principal obrigação dos bancos é reconquistar a confiança dos portugueses”, uma vez que “quem vier dizer que a confiança não foi abalada, está a mentir”.
Ao Diário Económico, o presidente do Santander Totta rejeita falar sobre o interesse no Novo Banco, remetendo as suas respostas para todas as outras dadas “várias vezes por vários dirigentes da instituição”. Contudo, quando o tema foi virado para supervisão em Portugal, Vieira Monteiro não poupou nas críticas.
Para o líder do Santander, a supervisão em Portugal “tem sempre espaço para melhorar”, embora confesse que “deve ter atuado de acordo com aquilo que eram as suas possibilidades no momento”. Mas existem algumas conclusões que podem ser tiradas: “Houve casos em que já podemos dizer que a supervisão, apesar de ter sido avisada de várias situações, não atuou a tempo e horas”.
Neste caso, diz, “ainda estamos para ver se foi isso que aconteceu. Ainda estamos todos um pouco incrédulos. Como é que tudo aquilo aconteceu ao nível de determinadas pessoas que na véspera gozavam de todo o prestígio e de toda a ética no sistema e no país? Acho que isso é que nos deixa incrédulos”.