Chipre aprova lei de execuções hipotecárias exigida pela 'troika'
O Parlamento de Chipre deu hoje luz verde a uma legislação controversa sobre execuções hipotecárias, exigida pelos credores para pagar uma nova 'tranche' do empréstimo internacional concedido ao país.
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Economia Legislação
Os parlamentares suspenderam este texto em dezembro, exigindo uma maior proteção para os particulares em caso de insolvência.
Após semanas de debates e adiamentos, o texto foi aprovado hoje por 33 deputados num total de 56, incluindo representantes da oposição, após alterações de última hora.
Na sexta-feira, a votação foi adiada depois de confrontos entre manifestantes que se opõem à legislação e a polícia.
Há dois anos, Chipre negociou um programa de assistência financeira no valor de 10 mil milhões de euros para evitar o colapso devido à forte exposição dos seus bancos à dívida grega.
A 'troika' de credores (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) exigiu no programa de ajustamento uma lei sobre execução hipotecária, considerando que os bancos cipriotas estão fragilizados pelo volume de empréstimos não reembolsados há mais de três meses, o que representa 50% dos seus créditos.
O pagamento da próxima prestação do empréstimo internacional tinha sido suspenso por o texto da lei estar bloqueado.
O presidente cipriota, o conservador Nicos Anastasiades, pressionou os parlamentares a agirem de forma responsável permitindo que o país receba os cerca de 86 milhões de euros bloqueados pelo FMI.
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