A comissão parlamentar de inquérito apurou muito do que aconteceu em torno do universo BES nos últimos anos, mas nem tudo ficou explicado
O Diário Economico elenca cinco factos que ficaram por apurar, que se espera que venham a ser esclarecidos com a auditoria forense e os processos judiciais em curso. A saber:
- “Caracterização detalhada e exaustiva de origens e circunstâncias em que determinados movimentos financeiros podem ter resultado no benefício patrimonial de membros da família Espírito Santo e outros altos quadros de empresas do GES, no que diz respeito a comissões, liberalidades ou outras situações anómalas”;
- “Explicitação das origens, fundamentação e destino final dos empréstimos efetuados pela ESI às empresas suas acionistas que são detidas pela família Espírito Santo, no valor de 470 milhões de euros”;
- “Objeto social e movimentações financeiras caracterizadas de forma exaustiva em relação a entidades ligadas ao GES, mas não constam do correspondente organigrama como sucede com a Espírito Santo Enterprises”;
- “Identificação dos destinatários ou beneficiários últimos de determinadas operações de concessão de crédito ou aplicações financeiras, nomeadamente no que se refere ao BESA, Eurofin e empresas offshore”;
- “Reconstrução precisa de contas reais e correspondente evolução da situação patrimonial da ESI e do GES ao longo do tempo, em particular desde 2000, com explicitação das origens dos avultados prejuízos acumulados, estimados em 5.300 milhões de euros.