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As recomendações do FMI para Portugal

Foi esta sexta-feira divulgado um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI), que analisa de forma profunda o crescimento económico em Portugal, no âmbito da sexta avaliação ao programa de ajustamento português. Do documento elaborado pela instituição presidida por Christine Lagarde, constam várias recomendações para o País. Conheça as mais importantes.

As recomendações do FMI para Portugal
Notícias ao Minuto

19:55 - 18/01/13 por Elsa Pereira

Economia Estudo

O Fundo Monetário Internacional (FMI) preparou um documento, hoje divulgado, em que analisa a economia portuguesa, a propósito da sexta consulta periódica ao programa de ajustamento do País, no qual leva a acabo uma série de sugestões.

Ao mesmo tempo, na análise regular ao abrigo do Artigo IV (que faz a todos os países que integram o Fundo), o FMI revê em baixa o crescimento para 2014, de 1,2% para 0,8%, mantém uma previsão de recessão para 2013 de 1%, em linha com o Governo, alertando ainda para os riscos que o País enfrenta caso haja contracção económica este ano, nomeadamente, no que remete para o aumento do desemprego e para o abrandamento das exportações.

A instituição acautela também que a dívida pública pode subir entre 10 e 15% do PIB, caso a recessão se venha a verificar mais prolongada, e prevê um défice de 5,25% em 2012, admitindo, neste contexto, um reforço do apoio a Portugal, por forma a evitar um contágio da zona euro no caso de um eventual falhanço do programa.

Reconhecendo que a situação social e política portuguesa está significativamente mais difícil, a instituição considera, no entanto, incontornável a revisão do sistema de pensões, bem como os cortes na Função Pública.

Saiba quais são as principais recomendações que integram este estudo:

1- Preparação de medidas adicionais em caso de 'chumbo' das normas do Orçamento do Estado para 2013, enviadas para fiscalização sucessiva, por parte do Tribunal Constitucional;

2- Eliminação de uma das taxas do IVA, algo que poderia dar a possibilidade reduzir o nível da taxa normal do imposto, actualmente nos 23%;

3- Simplificação do IRS, por meio da eliminação dos vários regimes e taxas cobradas actualmente, como as taxas ‘normais' do IRS, a sobretaxa e a taxa de solidariedade aplicada aos rendimentos elevados;

4- Redução das deduções com saúde, educação e despesas com a habitação;

5- Tributação separada entre casais;

6- Revisão do modelo de negócio dos bancos, que devem fazer um "rígido controlo de custos", e mudança da lei para poder forçar entrada no capital nas entidades bancárias;

7- Redução do pagamento aos funcionários públicos em mobilidade especial e abrangência de professores e profissionais de saúde pelo regime de mobilidade especial até Junho;

8- Sujeição das prestações sociais a IRS, por forma a não discriminá-las positivamente em relação aos rendimentos do trabalho. Em causa está, a título de exemplo, o subsídio de maternidade;

9- Transferência dos impostos sobre as transacções - feita actualmente através do IMT - para o IMI. Outra das medidas a ponderar será o aumento da base tributável da propriedade rústica (terrenos);

10- Retoma do debate em torno da redução da taxa social única (TSU) para as empresas; revisão do sistema de pensões e cortes na Função Pública.

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