Banco Nacional de Angola estabiliza venda semanal de divisas aos bancos

As vendas de divisas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) à banca comercial cifraram-se em 300 milhões de dólares (272,6 milhões de euros) na primeira semana de abril, o mesmo valor pela terceira semana consecutiva.

Angola quer ajuda do FMI para diversificar economia e desenhar reformas

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Lusa
06/04/2015 10:06 ‧ 06/04/2015 por Lusa

Economia

Valores

Segundo o relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do BNA, ao qual a Lusa teve hoje acesso, as vendas (em leilões) entre 30 de março e 02 de abril foram concretizadas a uma taxa média de referência do mercado cambial interbancário de 109,059 kwanzas (91 cêntimos de euro) por cada dólar, um novo máximo.

O dólar norte-americano disparou mais de 10 por cento, face ao kwanza angolano, nos últimos seis meses, acompanhando a escassez de divisas devido à quebra nas receitas petrolíferas e com reflexos no custo de vida.

Para contrariar estas dificuldades, em que o acesso dos clientes a divisas permanece fortemente condicionado nos bancos comerciais, o BNA vendeu cerca de 1.800 milhões de dólares (1.640 milhões de euros) durante o mês de março.

Na última semana, pela terceira vez consecutiva, essas vendas foram de 300 milhões de dólares. Há precisamente um mês, entre 02 e 06 de março, os habituais leilões do BNA permitiram aos bancos comerciais a compra de 399,4 milhões de dólares (363,3 milhões de euros) em divisas.

Entretanto, cada nota de dólar continua a ser transacionada nas ruas de Luanda a mais de 150 kwanzas - recurso devido às limitações no acesso nos bancos comerciais -, ainda assim abaixo dos máximos de 200 kwanzas (para comprar cada dólar) de janeiro e fevereiro.

Em 2014, até ao mês de outubro, a venda de cada dólar cifrou-se sempre em menos de 100 kwanzas.

A situação reflete-se, no dia-a-dia, no aumento dos preços (reconhecido pelas autoridades angolanas), com o argumento da grande dependência angolana das importações. Transações que são feitas em dólares e que, por isso, estarão agora mais caras, face ao kwanza, afetando nomeadamente produtos alimentares.

Alguns economistas têm defendido a necessidade de o executivo angolano avançar para uma desvalorização da moeda nacional, para atenuar a subida da moeda estrangeira, medida que já foi reclamada pelos próprios empresários.

O petróleo representou cerca de 70% das receitas fiscais angolanas em 2014, mas a quebra da cotação internacional do barril de crude deverá fazer descer esse peso, segundo o Governo, para 36,5% em 2015 e já obrigou à revisão do Orçamento Geral do Estado para este ano.

 

 

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