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Produtora de calçado de luxo investe 1,2 milhões para ampliar unidade

A fábrica de calçado Centenário, que em Oliveira de Azeméis trabalha com peles de tubarão, raia, crocodilo, avestruz, pirarucu e outras espécies exóticas, vai investir 1,2 milhões de euros para ampliar para mais do dobro as suas instalações.

Produtora de calçado de luxo investe 1,2 milhões para ampliar unidade
Notícias ao Minuto

09:57 - 01/04/15 por Lusa

Economia Oliveira de Azeméis

Instalada na freguesia de Cucujães, a unidade ocupa atualmente 2.500 metros quadrados e passará a contar com mais 3.070, o que aumentará a produção média diária de 600 para 750 pares de sapatos, anunciou à agência Lusa o sócio-gerente da empresa, Domingos Ferreira.

"Temos hoje na empresa 73 trabalhadores, que trabalham um pouco apertados", afirma o empresário. "Quando decidimos alargar a fábrica o nosso objetivo não era produzir mais, mas a realidade é que, só pelo facto de os funcionários passarem a ter mais espaço para circular e trabalhar, o novo pavilhão deve conduzir a um aumento de 15% na produção", admite o empresário.

A empreitada terá início durante o verão e prevê-se concluída no final do ano, após o que as atuais áreas de montagem e acabamento serão deslocadas para o novo recinto. Ao longo de 2016, esse obrigará depois ao recrutamento de "cinco a 10 novos trabalhadores, logo na primeira fase".

A produção da Centenário continuará a ser absorvida pelo mercado externo e a demonstrar a mesma tendência de 2014, quando 99% dos 140.000 pares aí fabricados foram encaminhados para exportação.

Finlândia, Estados Unidos, Dubai, China, Áustria, Alemanha, Luxemburgo e França são os principais destinos desses sapatos, clássicos ou desportivos, em marca própria ou private label.

Se a generalidade do calçado concebido na empresa fundada em 1941 chega ao consumidor final a preços na ordem dos 800 ou 900 euros, os sapatos em peles mais raras podem, contudo, custar 8.000, como acontece com os confecionados com crocodilo do Mississípi.

"São casos raros, porque os distribuidores só pedem um par sob encomenda expressa do cliente", reconhece Domingos Ferreira. "Mas, no global, o calçado que fazemos é sempre para preços elevados devido à escassez das peles, quase todas importadas e de tamanho reduzido, o que dificulta o aproveitamento das áreas úteis", explica Domingos Ferreira.

Na fatura a apresentar pela Centenário influem ainda os sistemas de montagem aplicados no calçado da casa, já que à metodologia Blake a empresa também acrescenta o formato mais complexo da construção Goodyear.

"Esse sistema permite o perfeito ajuste do pé ao calçado, para maior conforto, melhor isolamento e amortecimento, mais força e durabilidade", elucida o empresário. "É uma técnica mais cara, mas temos clientes que nos contactam especificamente por causa deste tipo de montagem", assegura.

Já da iniciativa da própria empresa partiu a sua produção de calçado de golfe, que Domingos Ferreira percebeu ser um negócio com potencial. Outra inovação recente consiste na produção de calçado com mensagens personalizadas na sola, mediante impressão a laser em diferentes idiomas, e a criação de sapatos adaptados à fisionomia podológica do cliente, com base num scan aos seus pés em 3D a 360 graus.

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