Ligações aéreas aos Açores liberalizadas a partir de hoje
A liberalização das ligações aéras entre duas ilhas dos Açores e o continente entra em vigor hoje, dia em que um voo de uma 'low cost' aterrará pela primeira vez no arquipélago, em Ponta Delgada.
© Reuters
Economia Rotas
As rotas liberalizadas são as que ligam as ilhas de São Miguel (Ponta Delgada) e Terceira ao resto do país, mas as 'low cost' (Rayanair e easyJet), para já, só vão voar para a primeira.
Além da Rayanair e da esayJet, mantêm-se nesta rota de São Miguel a SATA e a TAP, embora com uma oferta nova.
A TAP vai passar a voar diariamente para Ponta Delgada e manterá a ligação que já faz todos os dias entre o Porto e a Terceira. A transportadora aérea nacional deixa hoje, por outro lado, de voar para o Pico e a Horta (Faial), onde continua a haver obrigações de serviço público.
Quanto à SATA, diminuiu a sua oferta em Ponta Delgada, mas reforçou-a em todas as restantes ligações entre os Açores e o continente, compensando a saída da TAP de algumas das rotas.
No global, a oferta de voos de todas as companhias para os Açores, no primeiro ano da liberalização, aumentou 40%. Se forem considerados só os meses de outono e inverno (a época baixa), esse aumento é de 74%.
As reservas individuais na hotelaria açoriana têm aumentado desde final do ano passado, apontando os hoteleiros para um incremento de 20%. Tradicionalmente, 90% dos turistas que visitam os Açores, fazem-no comprando pacotes turísticos.
A chegada dos primeiros voos das 'low cost' a São Miguel coincide com a abertura de novos hotéis na ilha e há pedidos de licenciamento de 1.800 novas camas em todo o arquipélago.
Também a procura de carros de aluguer está a registar aumentos de 20%, segundo a Câmara de Comércio de Ponta Delgada, que considera este um bom indicador de referência.
A ANA Aeroportos de Portugal estima para este ano um aumento de 500 mil passageiros nos aeroportos dos Açores que gere.
O novo modelo de ligações aéreas aos Açores deverá fazer aumentar o tráfego de passageiros que são residentes nas ilhas, ou seja, não turistas, uma vez que passam a ter acesso a tarifas consideravelmente mais baixas para irem ao continente e à garantia de que, no máximo, uma viagem a Lisboa lhes custará 134 euros, cerca de metade do teto atual. Em setembro, haverá ainda uma descida média de 20% das tarifas para residentes nos voos inter-ilhas.
Face ao previsível aumento do número de turista, o Governo dos Açores já assegurou que a atual legislação é suficiente para garantir a preservação ambiental das ilhas.
O diretor regional do Turismo disse este mês que as ilhas "têm capacidade" para garantir a sua sustentabilidade ambiental, mas garantiu que executivo estará "sempre atento e aberto a regulamentação mesmo promovida pelos privados", caso estes entendam que "determinadas zonas necessitem de um tratamento especial".
O arquipélago tem legislação ambiental que consagra em cada uma das ilhas dos Açores um parque natural, responsável por gerir todo o património natural dessa ilha, dando garantias de proteção dos recursos naturais, segundo o executivo regional.
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