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Montepio Geral com prejuízos de 187 milhões em 2014

O Montepio Geral obteve um prejuízo de 187 milhões de euros no ano passado, o que compara com os prejuízos de 298,6 milhões de euros de 2013, anunciou hoje o banco.

Montepio Geral com prejuízos de 187 milhões em 2014
Notícias ao Minuto

18:56 - 27/03/15 por Lusa

Economia CMVM

Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco detido pela Associação Mutualista Montepio Geral refere ainda que se fossem excluídos os "efeitos não recorrentes verificados no decurso do ano de 2014, o resultado líquido fixar-se-ia em 87,1 milhões de euros".

O Montepio já tinha aumentado no primeiro semestre do ano passado as provisões e imparidades em 165,5 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, um incremento que acomodou eventuais perdas com créditos do banco às empresas do Grupo Espírito Santo.

Segundo o comunicado, a margem financeira do Montepio atingiu 336,5 milhões de euros no ano passado, mais 111,3 milhões em termos homólogos (+49,4%).

A instituição financeira refere que esta melhoria, "que consolida a tendência que se vem verificando desde o último trimestre de 2013, influenciou o produto bancário, que evidenciou um acréscimo homólogo de 406,8 milhões, totalizando 784,5 milhões de euros".

O produto bancário beneficiou, ainda, do desempenho das comissões de serviços prestados a clientes, que atingiram os 109,6 milhões, e dos resultados de operações financeiras (fundamentalmente obtidos pela alienação de ativos de taxa fixa), que se cifraram em 352,2 milhões.

O rácio 'common equity Tier 1' fixou-se em 8,5%, acima do requisito mínimo regulamentar, de acordo com os critérios transitórios ('phasing-in') das autoridades comunitárias.

O banco indica também que, em resultado do registo de diferenças atuariais negativas no fundo de pensões, o rácio 'common equity tier 1' sofreu um impacto negativo de 115 pontos base.

Os depósitos de clientes cresceu 1,4%, atingindo um total de 14.242 milhões de euros, sendo que os recursos totais de clientes, incluindo recursos fora de balanço, cifraram-se em 17.373 milhões de euros, evidenciando um incremento homólogo de 0,3%.

O crédito a clientes bruto totalizou 16.541 milhões de euros, representando um decréscimo marginal de -0,1% face ao período homólogo. O Montepio adianta ainda que, "a evolução positiva nas fontes de financiamento ao nível do retalho, associada à capacidade de financiar as novas operações de crédito através da desalavancagem do crédito não estratégico, tornou possível uma nova redução do rácio de transformação (crédito/depósitos), que passou de 110,2%, no final de 2013, para 106,5%, em 2014.

O Montepio Geral, que remeteu para as eleições, sem data marcada, qualquer alteração na instituição financeira e da associação mutualista, escusou-se hoje a confirmar que o ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos seja o próximo presidente executivo da instituição financeira.

A SIC noticiou na quinta-feira que Teixeira dos Santos deverá ser o novo presidente executivo do Montepio Geral e que o seu nome será votado na próxima segunda-feira na assembleia-geral (AG) da Caixa Económica Montepio, sendo que a proposta foi feita pelo principal acionista do banco, a Associação Mutualista.

Fonte oficial da instituição, questionada pela Lusa, referiu que a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) "tem em curso, neste momento, um processo de revisão dos seus Estatutos", e que, "sendo complexo, decorre das exigências do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, nomeadamente quanto à necessidade de separar os órgãos de administração da Caixa Económica Montepio Geral e do Montepio Geral -- Associação Mutualista".

Assim sendo, o Montepio adiantou que, "uma vez revistos os Estatutos e definida a comissão de nomeações, os associados pronunciar-se-ão, nomeadamente em sede de eleições, que não se realizarão em data próxima".

A questão é que existe uma urgência em ajustar o modelo de funcionamento da CEMG à última versão da lei europeia bancária, que obriga a uma separação entre a gestão executiva do Montepio, os órgãos sociais e os acionistas. Assim, o atual presidente do Montepio, António Tomás Correia - que agora acumula os dois cargos - deverá ficar com a presidência da Associação Mutualista e, segundo a SIC, Teixeira dos Santos deverá assumir a presidência executiva do Montepio já na próxima segunda-feira.

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