"Ricardo Salgado e Sócrates são almas gémeas"
Na audição parlamentar de inquérito ao caso BES, Ricardo Salgado desviou as atenções de si ao ter acusado o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, como o responsável a apontar pelo colapso do banco. Marques Mendes considera que na realidade Salgado não foi lá fazer nada.
© Global Imagens
Economia Luís Marques Mendes
Ricardo Salgado foi ouvido novamente pela comissão parlamentar de inquérito ao caso BES durante esta semana. Segundo a análise de Marques Mendes, olhando para Ricardo Salgado e José Sócrates só se veem semelhanças.
"Estava a ver Ricardo Salgado e a pensar que ele é parecido com José Sócrates. São muito parecidos. Sócrates nunca reconheceu o erro. Salgado não assume também o seu erro. Em matéria de arrogância são iguais. Salgado e Sócrates são almas gémeas", afirma.
No Parlamento, o antigo gestor do BES atirou as culpas para o Banco de Portugal, mas segundo o comentador, "o banco já estava na bancarrota".
"Salgado não foi ao Parlamento esclarecer nada, foi ter tempo de antena", considera.
Ainda sobre as acusações de Salgado a Carlos Costa, o social-democrata acredita que tenha sido por vingança, por o governador do Banco de Portugal lhe ter feito frente. "Ele fez estas declarações por uma questão de vingança. E concentrou os ataques em Carlos Costa. Usou a técnica futebolística de que a melhor defesa é o ataque. Para não ser confrontado com a sua culpa, desviou as atenções de si", explica.
"Estão todos é com medo da justiça. Passados oito meses, não há arguidos constituídos, não há detidos, não entendo, acho que ninguém entende", conclui.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com