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Imóveis por reabilitar preocupam freguesias da Lourinhã

A existência de mais de 6.000 imóveis com mais de 30 anos e necessidade de recuperação está a causar preocupação nas freguesias do concelho da Lourinhã, cuja associação vai promover, em abril, uma semana dedicada à reabilitação urbana.

Imóveis por reabilitar preocupam freguesias da Lourinhã
Notícias ao Minuto

09:36 - 16/03/15 por Lusa

Economia Recuperação

O presidente da Associação de Freguesias do Concelho da Lourinhã, baseando-se em dados dos últimos Censos, revelou que 21% dos imóveis do concelho (mais de 6.000) têm mais de 30 anos e necessitam de reabilitação.

Apesar de estarem abaixo da média nacional (25%), alertou que nas freguesias mais antigas do concelho, os imóveis com mais de 30 anos chegam representam 35%.

Além disso, um levantamento feito em 2007 pelas freguesias apontava para um número preocupante de casas em ruína. "A situação foi resolvida parcialmente, mas não houve uma continuidade para intervir sobre esses casos em que a degradação é evidente e a preocupação continua a existir", disse.

Tendo em conta a realidade do concelho e a necessidade de reabilitar o património, as freguesias pretendem ser parceiras numa estratégia de reabilitação concelhia, que envolva o município e os proprietários, numa altura em que existem fundos comunitários para este setor.

Neste sentido, a associação de freguesias vai promover de 27 de abril a 01 de maio a Semana da Reabilitação Urbana do Concelho da Lourinhã, durante a qual autarcas, profissionais do ramo imobiliário e da construção, técnicos e responsáveis políticos vão ser chamados a debater o assunto.

O encontro inclui sessões de divulgação de programas de financiamento destinados à reabilitação urbana e soluções técnicas e reflexões sobre casos de boas práticas, de como a reabilitação promove a integração social e o emprego e estimula a atração turística e o mercado de arrendamento, potenciando a economia local.

Durante o encontro, vão ser também promovidas visitas às freguesias para levantamento de imóveis degradados e a carecer de obras e de imóveis históricos de interesse público que possam vir a ser classificados.

Do encontro, deverá sair um levantamento atualizado sobre a realidade do concelho, bem como uma proposta de medidas a implementar a entregar à Câmara Municipal da Lourinhã e outras entidades.

Fernando Ferreira apontou, como exemplos, a adoção de boas práticas, como a oferta de cal aos residentes em curso pela Junta de Freguesia do Reguengo Grande, que faz parte do concelho, ou incentivos na isenção de taxas e impostos para quem efetuar obras.

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