"A próxima jogada é de Isabel dos Santos"
No espaço de comentário semanal na SIC Notícias, Francisco Louçã falou sobre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank ao BPI e ainda sobre a comissão de inquérito parlamentar ao BES.
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Economia Francisco Louçã
Francisco Louçã falou sobre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da CaixaBank ao BPI, que acabou por ser recusada esta semana depois de a administração ter considerado o valor insuficiente.
“A administração deu conta que não era a favor da Oferta Pública de Aquisição (OPA), mas a CaixaBank deu a entender que não vai alterar o valor. Neste momento, a CaixaBank pode impedir a fusão entre o BCP e o BPI pela força que tem e aí são dois vetos que se cruzam”, explica.
Para o economista, “a disputa é saber se o banco, que resulta de predomínio catalão, poderia comprar o Novo Banco ou se é Isabel dos Santos e a Sonangol, a família angolana, que entra no negócio. Isto é de uma enorme importância, para perceber a forma como se vai organizar o sistema bancário português, que está com enormes insuficiências”.
“A próxima jogada é de Isabel dos Santos”, garante.
Em destaque esteve também a comissão parlamentar de inquérito, em que esta semana foi ouvido Zeinal Bava e Henrique Granadeiro. “Apareceu o documento de auditoria forense da Delloite que pesquisou os eventuais sinais ilícitos, mas não sabemos os ilícitos criminais. Sabemos das formas de gestão em que Salgado é apontado como o pilar de uma gestão que fugiu ao Banco de Portugal e que foi arrastando o banco e o grupo”, explica.
Francisco Louçã levanta então a pergunta: “Se é tão fácil a um banqueiro poderoso não cumprir as decisões do Banco de Portugal, será que a regulação que temos, por mais esforçada que seja, é institucionalmente suficiente para garantir que os depositantes estão protegidos?”
“A resposta é que não. O Banco de Portugal não consegue evitar uma situação destas. Há uma crise na confiança que temos do sistema bancário. Isso é muito grave”, remata.
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