Administração do BPI chumba OPA do CaixaBank
A administração do BPI considerou que o preço oferecido de 1,328 euros por ação não era suficiente.
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Economia Conselho
O Conselho de Administração do BPI chumbou a oferta do CaixaBank por ficar no mínimo exigido pela lei e não refletir a justa avaliação das várias operações do banco, em Portugal, Angola e Moçambique.
A administração do BPI concluiu que o preço oferecido de 1,328 euros por ação não era o suficiente, noticia o Diário Económico. A TVI24 acrescenta que o preço considerado justo é de 2,26 por ação.
No entanto, o valor não é o único fator que leva a administração do BPI a pronunciar-se de forma negativa à OPA. A falta de uma estratégia clara para Angola e Moçambique é outro motivo para esta tomada de decisão.
Segundo este órgão, presidido pelo histórico Artur Santos Silva, "o preço que reflete o valor total atual do BPI é de 2,04 euros por ação", especificando que, dentro deste valor unitário por título, 1,12 euros correspondem à valorização da atividade doméstica e 0,92 euros são relativos à atividade internacional do banco.
"A este valor deverá ser adicionado o valor resultante da partilha (50/50) das sinergias" estimadas pelo CaixaBank nesta operação, lê-se no relatório, apontando para um valor de 0,22 euros por ação.
Assim, o valor total que a gestão do BPI considera adequado para esta oferta é de 2,26 euros, 70% acima dos 1,329 euros por ação propostos pelo banco catalão.
"O oferente anunciou que é possível obter sinergias com a operação e quantifica um valor atual líquido de sinergias de 650 milhões de euros. O valor correspondente por ação do BPI seria de 0,446 euros", justificou o Conselho do BPI.
E realçou: "Em operações de consolidação, é comum partilhar sinergias com os acionistas da sociedade visada. Caso essa partilha fosse de 50%, para este montante de sinergias, o valor correspondente por ação do BPI seria de 0,223 euros".
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