"As reformas brutas dão asneira"
A troika teve, na opinião do presidente do CES, uma “gestão incompetente” e fez com que a pobreza crescesse.
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Economia Silva Peneda
Numa entrevista dada ao Diário Económico em que critica a atuação da troika em Portugal, José Silva Peneda disse acreditar que “as reformas brutas dão asneira” e que os credores internacionais ouviam mas ignoravam, em grande parte, os parceiros sociais.
“A troika tinha uma visão muito dogmática e, a partir do momento em que via claramente que aquela receita não era adequada para Portugal, eles insistiram. Os parceiros sociais tinham uma voz quase comum em relação à troika. O programa foi mal desenhado”, afirmou o presidente do Conselho Económico e Social (CES), que deixa a presidência do organismo em maio.
O antigo ministro elegeu o acordo que foi feito em 2012 como o momento mais difícil do seu mandato à frente do CES e criticou a “gestão incompetente da troika porque ignorou aspetos fundamentais da economia” e “a pobreza cresceu”.
Silva Peneda recorda ainda uma “discussão acesa” que teve com Thomsen, do FMI, na qual começou a “ficar nervoso” e “despejou o saco”, e garantiu que, de facto, Carlos Moedas esteve muitas vezes contra a troika.
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