Estes fatores podem dificultar fusão entre BCP e BPI
A empresária Isabel dos Santos propôs a criação de um banco com capital angolano, que surgiria da fusão BCP/BPI. No entanto, nota o Diário Económico, existem vários fatores que podem dificultar esse negócio.
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Economia Banco
A resposta de Isabel dos Santos à Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada há duas semanas pelo Caixabank foi esta segunda-feira formalizada sob a forma de uma proposta de união do BCP ao BPI. O BCP indicou que analisará a situação, caso haja interesse do BPI.
No entanto, conta o Diário Económico, a operação pode revelar-se difícil de concretizar devido a vários fatores:
O BCP já não é completamente autónomo. A gestão do banco está hoje condicionada pelas ajudas de Estado solicitadas em 2012 e pelo plano de reestruturação aceite em Bruxelas.
A fusão entre os dois bancos, passando a existir um banco liderado por capital angolano, teria que ser aprovada pelo BCE, que assume o papel de supervisor da zona euro a partir de 4 de novembro. Poderá haver reticências a um banco com capital de um país excluído da lista de países com uma regulamentação e supervisão financeiras equivalentes na União Europeia.
Além disso, a fusão proposta por Isabel dos Santos precisa do apoio do maior acionista, La Caixa, e a OPA do CaixaBank tem como pressuposto que, após o anúncio preliminar, "não ocorreu nem ocorrerá" qualquer decisão no sentido de "dissolver, transformar, fundir ou cindir a Sociedade Visada".
O BCP precisa também da autorização formal do Ministério das Finanças, devido às ajudas do Estado que recebeu. Nesta altura, principalmente após o colapso do Grupo Espírito Santo causado, em parte, pelo buraco do BESA, as relações entre Portugal e Angola não estão no seu melhor momento.
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