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Maior produção agrícola em cogeração poupou 3 milhões em importações

O "maior projeto nacional" de produção agrícola em estufas com temperatura controlada garante o fornecimento de hortícolas todo o ano ao país, poupando três milhões de euros de importações, segundo a empresa promotora Primores do Oeste.

Maior produção agrícola em cogeração poupou 3 milhões em importações
Notícias ao Minuto

10:25 - 02/03/15 por Lusa

Economia Torres Vedras

"Começámos a colher hoje pepinos que só teríamos dentro de mês e meio nas estufas, se não tivéssemos o aquecimento. Com a cogeração a trabalhar em pleno, já conseguimos produzir todo o ano e, com a nossa produção própria, passámos a ser autossuficientes em 78% das nossas vendas, sem depender da importação", disse à agência Lusa Lino Santos, administrador da empresa de Torres Vedras, um dos maiores produtores nacionais de hortícolas frescos.

Inaugurado em junho de 2013, o investimento de 25 milhões de euros permitiu produzir nos 12 meses de 2014, o primeiro ano de funcionamento, 10 mil toneladas de hortícolas, entre tomates e pepinos, que abasteceram o mercado interno.

Com o projeto a produzir fora dos ciclos normais de produção, a empresa deixou de importar sete mil toneladas, dando prioridade à sua produção para abastecer o mercado nacional daqueles produtos. Feitas as contas, as importações em três milhões de euros, cerca de 30% das suas importações, poupando por quilograma cerca de 0,30 euros.

O empresário explicou que as vantagens do projeto, o maior a nível nacional em área, passam por produzir 40% a mais do que uma cultura em estufa convencional, reduzir os custos das importações e conseguir melhores preços, ao vender produtos em alturas do ano em que há escassez.

A central de gás natural, instalada na exploração, produz eletricidade, energia térmica e gases com efeito estufa, como o dióxido de carbono. Os dois últimos são aproveitados e libertados para as estufas, dotadas de tecnologia que permite controlar a temperatura interior, para fazer crescer as culturas.

Tendo em conta que a procura nacional continua a ser maior do que a oferta da produção hortícola nacional, a empresa pretende continuar a investir na cogeração para duplicar a área de estufas aquecidas.

O projeto não só permitiu aumentar os postos de trabalho em mais 125 - tem cerca de 150 permanentes, mas chegam a duplicar no verão, quando há mais trabalho - como também aumentar a produção e obter melhor rendimento.

O agrupamento de produtores em que a empresa está englobada faturou em 2012, com uma produção de sete mil toneladas, 22 milhões de euros, dos quais 12 milhões em importações e quatro milhões nas exportações.

Com a entrada em funcionamento do projeto, conseguiu produzir no ano passado 15 mil toneladas, cerca de 10 produzidas em cogeração. Apesar de ter faturado apenas 18 milhões de euros, manteve o valor das exportações e reduziu as importações para apenas quatro milhões de euros.

O agrupamento possui mais de uma centena de hectares (40 e 70 ao ar livre) e exporta sobretudo para Itália, Espanha, França e Polónia.

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