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"Seria sensato nacionalizar algumas empresas nacionais"

"Somos pequenos, mas continuo a achar que podemos e devemos ser donos do nosso destino", comenta o fundador do BCP, Jorge Jardim Gonçalves sobre a nacionalização de algumas das grandes empresas nacionais, depois de ser ter assistido à venda da Portugal Telecom.

"Seria sensato nacionalizar algumas empresas nacionais"
Notícias ao Minuto

16:01 - 01/03/15 por Notícias Ao Minuto

Economia Jardim Gonçalves

Em entrevista ao jornal i, o banqueiro e fundador do BCP, Jorge Jardim Gonçalves revelou que Portugal apesar de ser um país pequeno é capaz de ser dono do próprio destino.

Olhando para o contexto económico, o fundador do BCP acredita que “haveria espaço para nacionalizar algumas das grandes empresas nacionais” e que isso “seria sensato”.

“Somos pequenos, mas continuo a achar que podemos e devemos ser donos do nosso destino”, acrescenta.

No entanto, para Jorge Jardim Gonçalves tem de existir alguém que defenda os interesses portugueses. “As dificuldades financeiras põem os seus concidadãos em situações de desespero e aí alguém tem de os defender”, frisa.

O banqueiro acredita que se deveria saber defender os centros de decisão portugueses depois de se ter assistido à venda de grandes empresas nacionais, como é o caso da PT.

“No nosso caso a pergunta a ser feita é como defender os centros de decisão portugueses quando os principais operadores, seja na energia, seja nas telecomunicações ou no sistema financeiro, já não são controlados por mãos portuguesas”, acrescenta.

Ainda em jeito de crítica ao Governo, Jorge Jardim Gonçalves atira que “o problema é que nos últimos anos, em parte por razões externas e noutra parte por capricho e apetites pessoais, houve uma erosão do que havia sido construído nos 20 anos após o 25 de Abril”.

Em comentário à situação do BES, o gestor não culpabiliza apenas Ricardo Salgado pois, “não faz sentido falar de uma pessoa singular num processo que é tão nebuloso e com tanta gente envolvida”.

Recordando os seus tempos a comandar o BCP, o banqueiro acredita “que o BCP tem todas as condições para poder ser uma instituição verdadeiramente cotada no mercado. Hoje não”.

“Julgo que o BPI e o BCP deveriam sentar-se à mesa e procurar uma fusão. Era uma oportunidade excelente para voltar a ter uma instituição de maior dimensão com sede em Portugal. E com uma boa dimensão seria possível captar uma boa gestão”, indica.

Numa nota, afirma que gostaria de conhecer o ministro das Finanças grego. “Claro que tinha curiosidade de conhecer Varoufakis, um homem que deu provas de grande capacidade de negociação. Ele está a usar tempo que é preciso para medidas de festão que correspondem a problemas internos da Grécia”, remata.

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