Nuno Garoupa justifica a posição do Executivo em relação à Grécia com uma “colagem à Alemanha” que se explica pelo facto de, no final resgate financeiro, as perspetivas do Executivo terem “falhado rotundamente”
“O Governo cometeu um erro ao início, em 2011, quando apostou que o programa de ajustamento ia resolver uma série de problemas e que chegava a 2015 com folga orçamental e com um crescimento razoável”, explica o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, numa entrevista concedida ao Diário Económico.
Perante isto, é evidente, na sua perspetiva, que o que vimos foi um “derramamento muito grande de moral para cima dos gregos” e que “vários titulares do Governo têm um problema na escolha das palavras com que se exprimem”.
O mesmo diz em relação a personalidades como o ministro das Finanças alemão, que voltou a referir-se a Portugal como um caso de sucesso do programa de reforma quando, entende Nuno Garoupa, “é evidente para qualquer pessoa que não houve sucesso absolutamente nenhum”.
“A troika e a União Europeia insistem em apresentar Portugal como um caso de sucesso sob pena de assumirem que os seus programas fracassaram”, atirou.