Estado gasta mais em cantinas sociais do que em RSI
Um casal com quatro filhos pode custar ao Estado 600 euros mensais, se se alimentar em cantinas sociais. Mas se receber Rendimento Social de Inserção (RSI) não usufruirá de mais de 374,1 euros.
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Economia Pobreza
A Rede Solidária de Cantinas Sociais, medida encarada pelo Executivo como prioritária, leva o Estado a pagar, todos os dias, 122.560 refeições em cantinas sociais, de forma a garantir que nenhum português fica sem comer pelo menos uma vez por dia.
Por cada uma destas refeições (diariamente são servidas perto de 50 mil), o Instituto de Segurança Social paga às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) 2,5 euros, segundo o Público.
Contas feitas pela economista Cláudia Joaquim provam que um casal com dois filhos pode custar ao Estado, por esta via, até 600 euros por mês, caso faça duas refeições diárias. À IPSS, cada pessoa tem de pagar um euro por cada refeição.
Ora, este valor é em muito superior ao que a mesma família pode vir a receber de Rendimento Social de Inserção (RSI). A cada titular são dados 178,15 euros, a que acrescem 89,07 por cada um dos adultos do agregado familiar e 53,44 por cada criança, o que perfaz um total de 374,1 euros (máximo). É de referir, ainda, que os beneficiários são obrigados a assinar um contrato de isenção social.
Estes valores reduzidos são explicados por Cláudia Joaquim com o facto de o RSI ter vindo a ser “objeto de sucessivas alterações legislativas e procedimentais que resultaram numa redução de beneficiários”.
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